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Economia

Foco é despesa pública, diz Meirelles, que evita falar sobre reforma trabalhista

Agência Estado

19/09/2016 18h48

Atualizada

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, recusou-se nesta segunda-feira, 19, em São Paulo, a comentar sobre a proposta de reforma trabalhista que o governo pretende enviar para o Congresso. Questionado sobre o assunto durante almoço-debate promovido pelo Lide, ele lembrou que o tema gerou bastante controversa na imprensa recentemente e disse que o foco agora é aprovar a PEC de gastos e a reforma da Previdência.<p><p>"O fracasso de tentativas anteriores é que muitas vezes se tenta atacar todos os problemas ao mesmo tempo. O Brasil tem desafios grandes, como a reforma tributária, a trabalhista, etc. O foco agora é despesa pública, envolve itens de grande peso no debate, como a questão das despesas com saúde, educação. Depois, temos a reforma da Previdência, que vai gerar grande comoção popular, o que é normal e legítimo. Posteriormente a isso, nós vamos olhar todas as demais reformas", comentou.<p> <p><b>Juros</b><p><p>Assim como aconteceu na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), onde participou de evento pela manhã, Meirelles foi questionado sobre o aumento dos juros reais, em meio à queda da inflação. Ele respondeu que sempre defendeu a autonomia do Banco Central e que, quando estava no comando do BC, percebia que ministro da Fazenda dando palpite sobre juros atrapalha. "A inflação caindo é uma excelente notícia, não é uma má notícia", afirmou.<p><p>Ele lembrou seu histórico à frente da autoridade monetária e disse que, de 2005 – quando começou a valer o centro da meta de inflação de 4,5% – a 2010, quando ele saiu do governo, o IPCA ficou três anos acima da meta e três abaixo. "Isso é o ideal para o BC, já que inflação em cima da meta é uma improbabilidade estatística. Isso é o que todo BC hoje no mundo persegue, a inflação oscilando em torno da meta", afirmou. <p><p><b>Aprovação da PEC</b><p><p>O ministro da Fazenda afirmou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem dito que a PEC de gastos deve ser aprovada pela Casa até o início de novembro e que, assim, é razoável esperar que o Senado, que tem bem menos parlamentares, dê o aval final para o projeto até o fim deste ano. Em ocasiões anteriores, Meirelles também citou Maia, mas o prazo para votação na Câmara era outubro, não novembro.<p> <p>Segundo Meirelles, se a PEC não for aprovada este ano, do ponto de vista fiscal não haverá problema, pois no Orçamento de 2017 o governo já utilizou o mecanismo de crescimento real zero das despesas. "Mesmo assim, eu considero muito importante que seja aprovada este ano, em função das expectativas econômicas, da confiança para retomarmos os investimentos e o crescimento." <br /><br /><b>Fonte: </b>Estadao Conteudo

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