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Economia

Desinflação, principalmente em serviços, pode perder força em 2026, avalia Silvia Matos, da FGV

Essa demanda mais forte em 2026, apontou ela, tende a ser reflexo de medidas como a ampliação da faixa de isenção de Imposto de Renda e eventuais novos estímulos em meio ao período eleitoral.

Redação Jornal de Brasília

12/12/2025 21h17

Prédio do Banco Central em Brasília. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

São Paulo, 12 – O Banco Central está ganhando a batalha, mas ainda não venceu a guerra para controlar a inflação, avaliou na quarta-feira, 10, a coordenadora do boletim Macro do FGV-Ibre, Silvia Matos, durante participação no IV seminário de Análise de Conjuntura da FGV.

Ela reconheceu que números recentes do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) têm mostrado acomodação nos preços, mas que uma demanda doméstica mais forte no ano que vem, na comparação com 2025, pode colocar em cheque a desaceleração dos preços, sobretudo a de serviços.

Essa demanda mais forte em 2026, apontou ela, tende a ser reflexo de medidas como a ampliação da faixa de isenção de Imposto de Renda e eventuais novos estímulos em meio ao período eleitoral.

Matos também destacou que, embora o nível da atividade econômica como um todo seja menos intenso agora do que no início do ano, essa desaceleração é desigual.

Ela chamou a atenção, por exemplo, para o mercado de trabalho, já que apenas setores como a indústria e a construção civil têm registrado criação líquida negativa de vagas, enquanto os serviços seguem contratando mais do que demitindo.

Esse panorama também acarreta em divergências regionais, disse ela. “Estados mais dependentes do agro e petróleo estão crescendo mais.”

Estadão Conteúdo

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