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Economia

Como construir uma carteira de dividendos para gerar renda passiva?

Monte uma carteira de longo prazo com rendimentos crescentes

Jornal de Brasília

22/08/2024 0h01

Atualizada 23/08/2024 21h56

Imagem: reprodução

Se você deseja construir uma carteira e ver seu patrimônio se valorizar, o mercado de ações é a ferramenta ideal para você. Mas se você deseja ter uma renda passiva através dos investimentos, este mercado é ainda melhor. Como diz o investidor Luiz Barsi, o mercado de ações é “o maior criador de riqueza que existe”. 

Se você quer investir em ativos de renda variável e menos voláteis, os fundos imobiliários também são uma boa alternativa. Além do investimento em imóveis via bolsa de valores, os FIIs podem proporcionar uma renda mensal que se alia perfeitamente a uma estratégia de renda passiva.

E no que consiste essa estratégia de renda passiva? Trata-se de um mito ou um investidor pode mesmo ganhar dinheiro com renda passiva? Se você tem essas dúvidas, no texto de hoje elas serão respondidas.

Lembrando que este conteúdo não é uma recomendação de investimento.

O que são dividendos?

Dividendos são os repasses de parte dos lucros que as empresas ou fundos fazem para seus acionistas ou cotistas. 

Até o momento, os dividendos estão com isenção de imposto de renda, sendo um grande benefício para os investidores que focam nesta renda passiva.

Se você tem ações de uma empresa ou cotas de FIIs, você receberá o dividendo direto na sua conta. Por isso que ele recebe o nome de “renda passiva”, pois se trata de um dinheiro que você não precisa fazer um trabalho ativo para receber.

Periodicidade dos dividendos

Cada empresa e fundo define a frequência com a qual distribui seus dividendos aos acionistas. No Brasil, a maioria das empresas paga dividendos a cada três meses (trimestral), enquanto outras pagam dividendos a cada quatro (quadrimestral) ou seis meses (semestral). 

Há também o caso dos fundos imobiliários, que, por lei, devem pagar dividendos a cada seis meses. Mas, na prática, a grande maioria dos FIIs paga dividendos todos os meses, o que garante ao investidor deste segmento um fluxo constante de renda passiva, quase como um aluguel — visto que os FIIs investem no setor imobiliário.

Valor pago em dividendos

O mesmo vale para o percentual de distribuição. Embora a Lei de Sociedades Anônimas determine que empresas listadas em bolsas paguem o mínimo de 25% de seu lucro em dividendos, muitas empresas distribuem percentuais maiores. 

No caso dos FIIs, a lei obriga que pelo menos 95% do resultado financeiro dos fundos seja distribuído como rendimento aos cotistas, com o restante servindo para a manutenção dos ativos e do fundo. Esse montante faz dos FIIs um veículo puramente de renda.

Como montar uma estratégia de renda passiva

Tanto ações quanto fundos imobiliários são excelentes geradores de renda passiva, mas cada classe de ativos tem as suas particularidades. Por isso, você deve conhecer bem cada uma delas antes de decidir.

Se você tem um perfil de investimento com menor tolerância ao risco, as ações podem apresentar um maior grau de volatilidade nos preços, o que pode ser perigoso, caso você não consiga ver eventuais desvalorizações na carteira. Por outro lado, as empresas possuem maior capacidade de investir e gerar renda, o que faz os dividendos tenderem a crescer mais no longo prazo.

Em contrapartida, os fundos imobiliários são menos voláteis do que as ações, além de pagarem a maior parte do seu lucro em dividendos. Se você quer ter uma carteira de renda passiva que não traga riscos elevados, os FIIs são um instrumento essencial nessa estratégia.

Dividend yield (DY)

O principal indicador que os investidores de renda passiva costumam olhar é o quanto cada empresa ou FII paga em rendimentos. E o que entrega esse dado é o Dividend Yield (DY). Por meio desse indicador, é possível conhecer o potencial de retorno de uma empresa.

A fórmula do dividend yield é a seguinte: DY = valor do dividendo distribuído a uma ação * 100 / preço da ação.

De acordo com Décio Bazin, autor do famoso livro “Faça fortuna com ações”, o ideal é que a empresa ou FII tenha um DY de pelo menos 6% ao ano. Esse critério encaixa a empresa como uma boa candidata para estar numa carteira de renda passiva.

Em suma, construir uma carteira de renda passiva é uma atividade que demanda muito estudo, pesquisa e, acima de tudo, paciência. Sua renda passiva virá no longo prazo, fruto de uma carteira diversificada contendo ações de boas empresas e cotas de FIIs com bom histórico de pagamento.

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