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Economia

Com coronavírus, dificilmente crescimento vai chegar a 2% este ano, diz Bolsonaro

No dia 11 de março, o Ministério da Economia revisou as estimativas de crescimento para 2020, que passou de alta de 2,4% no PIB para nova previsão de 2,1%

Redação Jornal de Brasília

16/03/2020 13h47

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira, 16, que o crescimento do Brasil não deve chegar aos 2% em 2020. Segundo ele, a epidemia de coronavírus preocupa bastante.

No dia 11 de março, o Ministério da Economia revisou as estimativas de crescimento para 2020, que passou de alta de 2,4% no PIB para nova previsão de 2,1%.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Bolsonaro destacou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem “100% do seu apoio”. “Imprensa mentirosa. Nunca falei que Guedes tem prazo de validade ou que tem que resolver situação até tal hora”, afirmou em referência a demora para a entrega das reformas tributária e administrativa, ainda não enviadas pelo governo.

Bolsonaro informou que se reunirá nesta segunda-feira com Guedes para buscar soluções em relação à economia considerando a situação do coronavírus no País.

O presidente disse ainda que não interfere nas decisões de Guedes, mas faz ressalvas em relação ao aspecto político das medidas do ministro.

“O que eu interfiro, reservadamente, na política econômica é o viés político das decisões”, comentou Bolsonaro.

BC possui planos de continuidade de negócios com cenário para enfrentar pandemia

Enquanto diversas empresas e órgãos públicos começaram a adotar o teletrabalho como forma de reduzir o contato social de seus funcionários durante a elevação dos casos de contágio por coronavírus, o Banco Central informou nesta segunda-feira, 16, que possui planos de continuidade de negócio atualizados com o cenário de enfrentamento de pandemia e aptos à imediata ativação

“Em caso de necessidade, as unidades deverão adotar as medidas necessárias para preservar serviços essenciais ou estratégicos, acionando, se necessário, seus planos de contingência. Esses planos podem presumir trabalho remoto em menor ou maior escala”, informou a autoridade monetária, após ser consultada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O BC informou ainda que, a partir desta segunda-feira, servidores, contratados e estagiários podem ser dispensados do controle de ponto para trabalharem de maneira remota por até 30 dias, conforme as diretrizes dadas pela Secretaria de Gestão de Pessoas do Ministério da Economia.

A medida vale para funcionários com doenças crônicas ou cujos familiares que habitam na mesma residência tenham doenças crônicas, incluindo diabetes, bem como as gestantes e lactantes e as pessoas com idade superior a 60 anos.

O trabalho remoto, contudo, ocorrerá “apenas nos casos em que não haja prejuízos às atividades desenvolvidas no setor, cabendo aos chefes imediatos resguardar o quantitativo mínimo de servidores para garantir a manutenção do atendimento presencial e a preservação do funcionamento dos serviços considerados essenciais ou estratégicos”, conclui o BC.

Estadão Conteúdo

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