O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, repetiu nesta sexta-feira, 30, durante participação na Expert XP, em São Paulo, que a autarquia fará o que for preciso para levar a inflação ao centro da meta, de 3%. Segundo ele, a despeito de o último dado de inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de agosto, ter vindo melhor, a inflação ainda requer atenção.
“Apesar do último número melhor, a inflação requer atenção. A atividade segue forte na ponta e não existe evidência de que o mercado de trabalho está em ponto de inflexão”, disse Campos Neto.
Ciclo de ajustes gradual, se existir
Após repetir que a autoridade monetária fará o que for preciso para levar a inflação à meta de 3%, o presidente do Banco Central disse que o ciclo de ajuste juros, quando e se houver, será gradual.
Ele voltou a dizer que a assimetria do balanço de riscos não é um guidance, abandonado pelo BC, que prefere adotar uma linha data dependent no momento.
“Nós também temos dito que nós entendemos que existe hoje um prêmio de risco na parte curta da curva de juros que não é compatível com a mensagem que foi transmitida na ata e nas comunicações e que foi fruto da convergência de opiniões da diretoria colegiada. E por fim nós entendemos que se e quando houver um ciclo de ajustes nos juros, esse ciclo será gradual”, afirmou Campos Neto.
Ainda de acordo com ele, o BC tem enfatizado que não existe ciclo de credibilidade. “A credibilidade se conquista com uma política monetária baseada em um arcabouço técnico e comunicado com transparência.”
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