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Economia

Campos Neto diz que caso Master não representa risco sistêmico ao setor financeiro

“Tem um consenso hoje de que não tem risco sistêmico, mas sim de imagem. É preciso preservar o sistema, e o Banco Central tem feito uma análise correta sobre o tema”, disse Campos Neto

Redação Jornal de Brasília

27/10/2025 20h02

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira (27) que o caso envolvendo a compra do Banco Master pelo BRB (Banco de Brasília) não representa um risco sistêmico ao setor financeiro do país.


“Tem um consenso hoje de que não tem risco sistêmico, mas sim de imagem. É preciso preservar o sistema, e o Banco Central tem feito uma análise correta sobre o tema”, disse Campos Neto, chefe global de Políticas Públicas e vice-presidente do Nubank, em entrevista à GloboNews.


A autarquia decidiu em setembro vetar a aquisição após avaliar um risco de sucessão, já que o BRB teria que assumir todas ou grande parte das operações não conhecidas do Master, segundo profissionais ouvidos pela Folha de S.Paulo na ocasião.


Campos Neto disse que ficou sabendo das negociações pela imprensa, e que até sua saída do BC, no fim do ano passado, o assunto não havia sido ventilado. Para o economista, a atual gestão do BC, hoje presidido por Gabriel Galípolo, tem feito um trabalho técnico sobre o assunto.


Desde o veto, o banco de Daniel Vorcaro está sob pressão para evitar uma intervenção por parte do BC e, por isso, tem negociado empresas, participações societárias e imóveis.


O Master precisa de cerca de R$ 300 milhões em outubro para manter o fluxo de pagamentos de seus CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e um pouco mais de R$ 1 bilhão nos meses de novembro e dezembro, segundo apurou a Folha de S.Paulo.

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