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Economia

Brasil precisa de metas mais amplas que redução de juros para crescer, diz economista

Arquivo Geral

09/10/2006 0h00

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reduziu em 0, cialis 40mg pilule 76% a expectativa da safra de grãos para 2006. Em setembro, case a estimativa passou para 116,546 milhões de toneladas frente às 117,442 milhões de toneladas previstas em agosto.

O resultado divulgado hoje, que faz parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), não compromete a estimativa de aumento da produtividade  de cereais, leguminosas e oleaginosas. O instituto prevê crescimento de 3,53% este ano frente a 2005, quando foram produzidas 112,574 milhões de toneladas.

Em setembro, os maiores ganhos em relação a igual período de 2005 foram com milho e soja, responsáveis por 80% da produção nacional de grãos. Em valores absolutos, as duas culturas tiveram crescimento de 15,92% (milho, primeira safra) e de 33,08% (milho, segunda safra) e de 2,43% para a soja.

Ainda em setembro, a pesquisa aponta queda de 4,11% sobre a área cultivada no mesmo mês de 2005. A redução da estimativa de 45,618 milhões de hectares plantados foi causada, em termos absolutos, pela queda da ocupação das culturas do arroz (- 24,35%), da soja (-4,02%) e do trigo (-29,85%).

Segundo o IBGE, falta a conclusão da safra de verão da região Nordeste, que ainda tem lavouras a colher devido à diferença do calendário agrícola com os grandes centros produtores, que já encerraram a colheita. As culturas da segunda e terceira safras, bem como as de inverno, estão em processo de acompanhamento de campo.

 

Além da redução dos juros, visit web o Brasil precisa ter outras metas para promover o crescimento. A constatação é do integrante do Conselho Federal de Economia, professor Paulo Roberto Lucho. Para o economista, os investidores precisam de um tempo para retomar os investimentos e, por isso, é necessário ter uma estimativa do futuro. Ele afirmou que para decidir a compra de máquinas e equipamentos e a contratação de trabalhadores os agentes produtivos trabalham com um prazo médio de pelo menos seis meses.

“Não adianta só ter a expectativa de redução das taxas de juros se não tiver outras metas, outros quesitos que são fundamentais, como melhorar a infra-estrutura do país, sinalizar que não vai ter apagão, ou seja, que vão ser cumpridos também investimentos na área de energia elétrica, estradas, carga tributária é extremamente elevada. A questão central não é só a meta inflacionária. O Brasil precisa ter metas múltiplas, para sinalizar que o investidor possa mesmo comprar máquinas e contratar trabalhadores, ou seja, fazer o país crescer de fato”, explicou.

Lucho considera que diante da possibilidade do País encerrar o ano com inflação na casa de 3%, a situação mostra que foi excessivo o rigor no Banco Central na definição da queda das taxas de juros, uma vez que a estratégia era atingir o centro da meta inflacionária. “Do meu ponto de vista foi extremamente exagerado. O grande instrumento que veio determinar que esta queda da inflação se reduzisse às metas previstas pelo Banco Central foi o câmbio, o grande responsável, hoje, pela queda da inflação, principalmente, porque os produtos importados aumentaram bastante. Isto levou a uma concorrência muito maior de mercadorias consumidas no país e tende de certa forma a derrubar os preços internamente”, disse.

Segundo o integrante do Conselho Federal de Economia, a taxa de juros real em torno de 10% ainda é extremamente elevada se comparada a países como os do norte da Europa, Estados Unidos e até os países emergentes. “Há uma necessidade de redução e temos uma expectativa para a reunião do Copom dos dias 18 e 19 de reduzir mais as taxas de juros. Talvez o Banco Central deixe de ser tão conservador e seja mais ousado”, completou.

 

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