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Economia

BNDES vê investimentos de R$ 20 bilhões em papel e celulose até 2010

Arquivo Geral

20/09/2006 0h00

A oposição transformou o lançamento do programa da candidatura à Presidência de Geraldo Alckmin hoje num ato público de cobrança das investigações sobre a tentativa de compra de um dossiê contra candidatos tucanos e de outras ações de corrupção que atribui ao governo.

Todo o alto comando do PSDB e do PFL compareceu ao ato, ed prescription que reuniu cerca de 500 pessoas numa tenda montada às margens da Baía de Guanabara. O próprio Alckmin, candidato da coligação que reúne os dois partidos, afirmou que apesar da data ser de lançamento do programa, "o assunto é outro". "O Brasil vive um momento muito grave, muito maior que a questão eleitoral", afirmou Alckmin, no evento que ocorreu na Marina da Glória, no Rio. "O que estamos enfrentando não é uma candidatura. É uma sofisticada organização criminosa incrustada no Estado brasileiro".

Alckmin enfatizou que a corrupção não se limita à tentativa da compra do dossiê e perpassa diversos episódios que marcaram o governo.

"Só nessa última semana, vimos R$ 11 milhões da Secretaria de Comunicação desaparecerem. Disseram que (as cartilhas) foram entregues nos diretórios do PT para parecer um crime menor. Não houve produção nenhuma. Desviaram esse dinheiro", acusou Alckmin, em referência à impressão e distribuição de 2 milhões de cartilhas com propaganda do governo federal, produzidas entre 2003 e 2005, que são alvo de contestação do Tribunal de Contas da União (TCU).

Para Alckmin, também houve desvio de dinheiro para ONGs ligadas ao PT e no episódio do dossiê, no qual foi apreendido pela Polícia Federal R$ 1,7 milhão.

"Vou auditar estatal por estatal, empresa por empresa", prometeu Alckmin, numa das poucas referências a seu programa de governo. "Vou criar na Advocacia Geral da União um grupo especializado só para recuperar dinheiro roubado", completou.

O tom do discurso de Alckmin foi repetido pelos demais presentes, incluindo o candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra, envolvido no dossiê apreendido pela PF.

"Em primeiro lugar, tratou-se de baixaria eleitoral para beneficiar o candidato do PT em São Paulo. Baixaria organizada pelo PT, pelo presidente do PT e pelo candidato do PT em São Paulo", disse Serra, em ataque direto a seu adversário na campanha, Aloizio Mercadante.

Serra cobrou explicações da origem do dinheiro apreendido, que tem sido o mote do discurso da oposição. "Esse é o fator fundamental agora. Tratam-se de delinquentes, de comercialização de baixaria. Temos que esperar ação eficiente por parte da Justiça e da Polícia Federal".

O governador de Minas Gerais, o também tucano Aécio Neves, franco favorito à reeleição, classificou o episódio do dossiê "como o maior tiro no pé já dado por um partido e por um governo". Aécio dirigiu sua cobrança diretamente a Lula.

"Um brasileiro em especial deve querer que as explicações sejam cabais, definitivas e que não reste qualquer dúvida. É o presidente da República", afirmou Aécio, dizendo confiar na apuração da Polícia Federal.

Aécio não colocou obstáculos a uma investigação "nos dois sentidos", como defendeu o presidente Lula, apurando a tentativa de compra e o conte údo do dossiê.

"Tem que haver investigação sobre todo o processo que envolve os sanguessugas, em qualquer tempo. Não acho que tem que parar num mandato, que vá lá atrás", disse Aécio, numa linha que difere de seus aliados tucanos.

Mas para o governador mineiro, existe um fato concreto, de tentativa de interferência no processo eleitoral, que a seu ver tem que estar esclarecido antes do dia 1º de outubro. "E aí a população vai votar com informação. Pode ser até que vote no presidente Lula, mas terá todas as informações", defendeu. Questionado sobre se a população votando em Lula, o próximo governo começaria sobre o risco do impeachment, Aécio demonstrou respeito às urnas.

"O resultado eleitoral é a expressão cabal da vontade da população. Mas tenho muitas dúvidas que se essas coisas forem esclarecidas adequadamente o presidente Lula vença as eleições".

As palavras mais agressivas do evento couberam ao prefeito do Rio de Janeiro, o pefelista Cesar Maia, que fez o papel de mestre de cerimônias. Ao afirmar que se a capital do país fosse no Rio "esse governo cairia", o prefeito falou em "mar de lama", expressão que marcou a oposição udenista ao presidente Getúlio Vargas, antes do seu suicídio em agosto de 1954.

"O mar de lama escorre pela porta dele e ele pisa e pensa que é chocolate. Se é idiota não pode ser presidente. Se pensa que não é idiota não pode ser presidente", afirmou Maia sob aplausos entusiásticos da platéia.

Os trabalhadores libertados de trabalho escravo no país são homens na faixa dos 18 a 40 anos que migram principalmente do Maranhão (39%), viagra 100mg Piauí (22%) e Tocantins (15, prescription 5%). Do total de trabalhadores resgatados, a maioria absoluta (91,5%) era migrante. Grande parte é de analfabetos ou tem cerca de dois anos de estudo, e são negros. Os dados são do relatório Trabalho Escravo no Brasil do Século XXI, lançado hoje pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Dados da Comissão Pastoral da Terra incluídos no relatório mostram que entre 1995 e 2005 o Pará foi o estado que teve o maior número de trabalhadores libertados, seguidos por Mato Grosso e Maranhão. De acordo a diretora da OIT no Brasil, Laís Abramo, o deslocamento dos trabalhadores para regiões distantes de seus estados de origem cria dificuldades para que saiam da condição de escravos. “Os trabalhadores são deslocados para longas distâncias e ficam fora de seu local de origem e dos recursos para se defender”, explicou.

A pecuária é a principal atividade das fazendas onde foi encontrado trabalho escravo (80%). Em seguida estão o cultivo de algodão e soja (10%), cana-de-açúcar (3%), pimenta-do-reino (3%), café (1%) e outros (3%).

A coordenadora do projeto Combate ao Trabalho Escravo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Patrícia Audi, alertou que a prática de trabalho escravo nas propriedades costuma estar associada a outros crimes. “Quase 70% das fazendas não possuem registro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o que mostra que além do trabalho escravo pode haver grilagem de terras”.

De 1995 até 2005 aproximadamente 18 mil pessoas foram libertadas do trabalho escravo, em ações dos grupos móveis de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.

 

A maior parte do dinheiro em reais apreendido com Gedimar Passos e Valdebran Padilha foi sacada de agências dos bancos Bradesco, pills Safra e BankBoston, look informou hoje uma fonte que teve acesso ao inquérito conduzido pela Polícia Federal.

De acordo com a fonte, see as informações foram levantadas através da movimentação do dinheiro e de documentos apreendidos com Gedimar e Valdebran na sexta-feira passada em um hotel de São Paulo. Os dois, ligados ao PT, foram presos com cerca de R$ 1,7 milhão que seria usado para compra de um dossiê com informações contra os candidatos tucanos José Serra e Geraldo Alckmin.

A Polícia Federal espera agora receber as fitas de vídeo do circuito de segurança interno do hotel para dar prosseguimento à investigação.

O delegado da PF encarrega do do caso, Diógenes Curado Filho, está reunido com representantes da Justiça de Cuiabá nesta tarde. A PF quer voltar a ouvir o depoimento de Luiz Antônio Vedoin, que ainda está preso.

O setor de papel e celulose deve receber R$ 20 bilhões em investimentos no Brasil até 2010, seek estima o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Desse montante, side effects a instituição prevê financiar R$ 11,7 bilhões.

As estimativas foram divulgadas hoje, quando o presidente do banco, Demian Fiocca, recebeu representantes da área para a primeira de uma série de reuniões setoriais.

Na visão do BNDES, "o setor vive um novo ciclo de expansão, impulsionado pela crescente demanda dos mercados interno e externo".

Conforme a área de Insumos Básicos do BNDES, os investimentos em papel e celulose deverão crescer, em média, 17% ao ano, no período de 2007 a 2010, em comparação ao período entre 2002 e 2005.

Neste ano, o banco de fomento espera desembolsar cerca de R$ 2,2 bilhões em empréstimos ao setor, 69% mais que no ano passado. De janeiro a agosto, o BNDES aprovou financiamentos de R$ 3 bilhões para projetos de expansão da produção de papel e celulose, que somam R$ 5,5 bilhões de reais.

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