O regulador financeiro belga anunciou hoje que, salve a partir de segunda-feira, proibirá a especulação com ativos dos principais bancos do país – Fortis, KBC e Dexia – através das vendas a descoberto (“short sale”), durante um período de três meses.
A Bélgica se soma, assim, à iniciativa adotada pelos Estados Unidos e Reino Unido para conter a crise financeira, já que, com as vendas a descoberto, os investidores provocam quedas dos mercados para depois aumentar, após uma série de operações, seus lucros.
A Comissão Bancária, Financeira e de Seguros da Bélgica (CBFA, em francês) informou em comunicado que toma esta medida para “proteger a integridade e o bom funcionamento do mercado” e “evitar toda arbitragem abusiva”.
Para fazer uma venda a descoberto, um investidor pega emprestadas ações de uma empresa, mediante pagamento de um valor, para vendê-las e voltar a comprá-las depois, com a esperança de que, enquanto isso ocorre, o preço tenha caído.
Para isso, em algumas ocasiões este tipo de operações propaga ou facilita a divulgação de falsos rumores.
Deste modo, podem embolsar a diferença antes de devolvê-las ao proprietário.