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Economia

BC vê continuidade da desaceleração do crédito no mês de agosto

Agência Estado

28/09/2016 15h52

Atualizada

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, avalia que os números do mercado de crédito apresentados na manhã desta quarta-feira, 28, confirmam a continuidade da tendência de desaceleração dos empréstimos no Brasil. A atividade econômica em contração, os custos elevados e a confiança explicam a tendência vista há vários meses seguidos. <p><p>"Observamos continuidade da desaceleração no mês de agosto. O crédito em 12 meses chegou a crescer 0,2% em julho, mas voltou a cair 0,6% em agosto. Isso mostra continuidade no processo", disse. Para Maciel, a queda da atividade econômica, a elevação dos juros cobrados nos empréstimos e a confiança ainda baixa explicam essa estagnação do mercado de crédito. <p><p>Maciel reconhece que os indicadores de confiança têm mostrado reação recente, mas ainda continuam em patamar bastante baixo. "Tudo isso ajuda a explicar o mercado", comentou.<p><p><b>Empresas</b><p><p>Durante coletiva entrevista coletiva à imprensa para apresentação dos dados da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central destacou o declínio do estoque de crédito para empresas. Segundo ele, isso vem se "intensificando" ao longo dos meses. <p><p>Os dados divulgados nesta quarta pelo Banco Central mostram que, de julho para agosto, o estoque de crédito para pessoa jurídica recuou 0,6%, considerando recursos livres e direcionados. No ano, a baixa é de 7,7% e, no acumulado de 12 meses até agosto, de 4,8%. <p><p>Um dos principais fatores de recuo do crédito para empresas, de acordo com Maciel, é a linha de capital de giro. Considerando os recursos livres, o saldo das operações de capital de giro caiu 1,6%de julho para agosto e recuou 10,3% no ano. Em 12 meses, o recuo é de 11,0%. <p><p>Maciel afirmou ainda que, no caso do crédito às famílias, há relativa estabilidade, na margem. Ele também citou um comportamento de relativa estabilidade no comportamento da inadimplência. <p><p><b>Projeções</b><p><p>O Banco Central alterou nesta quarta suas projeções para uma série de indicadores de crédito para este ano. A expectativa para o saldo total de crédito em 2016 passou de avanço de 1% para retração de 2%. Em 2015, houve avanço de 6,7%. <p><p>No caso específico do crédito livre, a projeção para este ano mudou de baixa de 1% para recuo de 5%. No ano passado, a alta foi de 3,9%. No crédito direcionado, a perspectiva do BC também piorou e a projeção de alta de 3% em 2016 deu lugar a uma estimativa de avanço de 1% (+9,8% em 2015). <p><p>Considerando a relação entre crédito e Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, a projeção do BC mudou de 52% para 51%. No ano passado, o porcentual ficou em 54,5%. <br /><br /><b>Fonte: </b>Estadao Conteudo

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