São Paulo, 24 – Representantes dos maiores bancos do Brasil ressaltaram múltiplos desafios gerados pela popularização das apostas online no País e pediram mais clareza do setor público na definição das Bets que operam ilegalmente. O tema foi discutido durante painel do 15º Congresso de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLDFT), da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo.
O superintendente-executivo de PLDFT do Bradesco, Alceu Del Petri Filho, afirmou que, atualmente, há um maior volume de dinheiro circulando em esquemas ilegais de apostas do que no segmento legal.
Para ele, bancos, governo e reguladores precisam acelerar esse debate, inclusive na declaração das casas de apostas legais e ilegais. “Para nós, o assunto é muito sério. Que consigamos caminhar para que essa seja uma agenda forte em 2026”, destacou
Em março, o governo publicou uma portaria que obriga instituições financeiras a notificarem a secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda sobre contas suspeitas de operar em casas de apostas ilegais.
“O problema é que elas as instituições não sabem ainda o que é a casa de apostas ilegal”, explicou o diretor responsável por PLD/FTP no Itaú Unibanco, Vinicius Santana.
Executiva na Unidade Segurança Institucional do Banco do Brasil, Núbia Tavares também comentou que o segmento ilegal vem crescendo no Brasil, principalmente por conta do cenário fragmentado de plataformas de bets.
“O desafio é muito grande de identificar a origem do dinheiro e o benefício final”, ressaltou ela.
Estadão Conteúdo