Menu
Economia

Analistas esperam redução de juros nos Estados Unidos na terça-feira

Arquivo Geral

09/12/2007 0h00


O Federal Reserve (Fed, abortion banco central americano) reduzirá a taxa básica de juros em pelo menos 0, sildenafil 25 ponto percentual na terça-feira, afirma a maioria dos analistas, que prevêem uma redução maior para estimular o mercado de crédito.

Após uma sucessão de dados desastrosos no mercado imobiliário, nas últimas semanas o debate em Wall Street se concentrou em se o banco central americano reduziria os juros em 0,25 ou 0,5 ponto percentual. A taxa está atualmente em 4,5%.

No entanto, o relatório sobre emprego publicado na sexta-feira reduziu a incógnita, ao afastar, por enquanto, o fantasma da recessão. Com 94 mil novos postos de trabalho em novembro, a taxa de criação de emprego superou as expectativas e indicou uma economia em desaceleração, mas não em queda livre.

Mais a curto prazo são os problemas do sistema financeiro, que ainda não se recuperou da crise sofrida em agosto e setembro, segundo os analistas. Na hora de fixar sua política monetária em sua reunião de terça-feira, “a preocupação principal do Fed não será tanto a economia, mas a estabilidade dos mercados financeiros”, opinou Kevin Logan, economista do banco de investimento Dresdner Kleinwort Wasserstein.

Desde que explodiu a bolha imobiliária nos Estados Unidos, o grande temor dos investidores é comprar por engano títulos cujos ativos sejam hipotecas de risco, outorgadas a pessoas com mal histórico de crédito e cuja inadimplência aumentou. Os bancos também acumulam efetivo com medo de emprestar a outra entidade que oculte uma pasta cheia de hipotecas de alto risco.

Neste caso, uma redução da taxa básica de juros ajudaria, já que esta é a taxa que o Fed cobra dos bancos quando estes tomam empréstimos a curto prazo do banco central.

“Se você sabe que o banco pode pedir emprestado do Federal Reserve, reduzirá o medo de conceder créditos”, afirmou Kathleen Stephansen, uma analista de Credit Suisse First Boston.

Normalmente, a taxa de juros se movimenta no mesmo ritmo que a taxa de referência, determinada pelos juros dos cartões de crédito e dos empréstimos para a compra de automóveis, por exemplo.

No entanto, a maioria dos analistas parece apostar desta vez em uma redução da taxa de juros de 0,5 ponto percentual, a 4%, um corte que seria o dobro que o previsto para o de referência. Rob Carnell, economista do banco de investimento ING, disse que é possível que o Federal Reserve adote outras medidas para aumentar a liquidez, como permitir a entidades que não sejam bancos obter este tipo de crédito.

Como costuma ocorrer na economia, a mera expectativa da baixa já teve um efeito real, pois na sexta-feira foram notados sinais nos mercados de que os bancos estão mais dispostos a emprestar uns aos outros, segundo Logan.

Apesar dos problemas de liquidez, até agora o banco central tem emprestado muito pouco, porque recorrer a ele está sendo visto como “um ato de desespero”, de acordo com este economista.

“Se você vai até lá, é porque ninguém mais quer emprestar dinheiro a você, o que faz pensar que algo de ruim está acontecendo com você”, afirmou.

Logan acredita, no entanto, que a provável redução da taxa de juros tornará mais atraente esta opção, frente a bancos privados.

Em todo caso, a redução da taxa será um sinal de que o Federal Reserve está disposto a injetar liquidez se as coisas piorarem. Isso é exatamente do que necessita o mercado, que, segundo os analistas, continua rodeado de fantasmas.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado