São Paulo, 03 – O CEO da Minerva, Fernando Queiroz, afirmou que a América do Sul continuará ampliando sua participação no mercado internacional de carne bovina nos próximos anos, apoiada nas vantagens comparativas da região. “A escolha da Minerva foi estar na parte do planeta que mais vantagens comparativas reúne”, disse ele, durante apresentação no Minerva Day, realizado na terça-feira, 30.
Segundo o executivo, a pecuária sul-americana se destaca frente a outras regiões pela flexibilidade na produção. “Nós estudamos bastante outros produtos, outras proteínas, mas vimos que a carne bovina é a única que pode ser produzida de duas formas – a pasto ou a grão. E a produção a grão no Hemisfério Norte está cada vez mais inviabilizada.”
Queiroz lembrou, ainda, que a América do Sul tem atingido recordes de exportação em diferentes cenários. “Não é à toa que temos batido recordes de exportação, com tarifa, sem tarifa, com abertura de mercados, com novos mercados. Essa janela de oportunidade será ainda mais relevante em 2026 e 2027”, disse.
O cenário global, segundo ele, reforça a posição da região diante de desafios enfrentados por outros produtores nos próximos anos. “Os Estados Unidos ainda não iniciaram a retenção de fêmeas, mas já dão sinais. A Europa está fragilizada em sua produção e a China também enfrenta redução do rebanho”, avaliou.
Ao comparar a escala de produção, o CEO destacou a diferença entre continentes. “A Oceania, especialmente a Austrália, tem 25 milhões a 26 milhões de cabeças de gado, enquanto na América do Sul estamos falando de 350 a 360 milhões. Essa diferença explica por que somos muito mais competitivos.”
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