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Economia

Alckmin avalia como positivo corte parcial de tarifas dos EUA, mas diz que ainda há “distorções” a serem corrigidas

Ele ressaltou, porém, que o Brasil seguirá atuando para que as taxas diminuam ainda mais

João Victor Rodrigues

15/11/2025 12h13

o vice presidente da república e ministro do desenvolvimento, indústria, comércio e serviços, geraldo alckmin

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, afirmou neste sábado (15) que considera “positiva” e “na direção correta” a decisão do governo de Donald Trump de reduzir tarifas de importação aplicadas a produtos alimentícios.

A administração norte-americana anunciou, na noite de sexta-feira (14), o corte de tarifas sobre cerca de 200 itens, incluindo café, carne, açaí e manga. Para os produtos brasileiros, a taxa passou de 50% para 40%.

Apesar da redução, Alckmin classificou a tarifa de 40% como uma “distorção” que precisa ser eliminada durante as tratativas comerciais.

Inicialmente, houve incerteza entre exportadores sobre o alcance do anúncio. O Ministério da Agricultura esclareceu que o ajuste se refere apenas às chamadas taxas de reciprocidade, estabelecidas por Trump em abril e que, para o Brasil, representaram um acréscimo de 10%. A tarifa adicional de 40%, imposta pelo presidente norte-americano em julho, permanece em vigor.

Setores do agronegócio, especialmente o de café, esperavam que a medida resultasse na eliminação total das cobranças.

Brasil e Estados Unidos vinham intensificando, nas últimas semanas, a negociação para flexibilizar o chamado “tarifaço”. O processo ganhou impulso após um encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro, na Malásia. Na quinta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, reuniu-se com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, para tratar do tema. Após o encontro, o ministro disse aguardar de Washington um “mapa do caminho” que orientasse os próximos passos das conversas.

Horas depois, contudo, Trump declarou que não vê necessidade de novos cortes tarifários.
“Fizemos apenas um pequeno recuo”, disse a jornalistas. “Os preços do café estavam um pouco altos; em pouco tempo, estarão mais baixos”, acrescentou.

O Brasil, maior fornecedor de café aos Estados Unidos e um dos principais exportadores de carne ao país, tem sido diretamente afetado pela forte alta dos preços no mercado norte-americano, fator que tem pressionado a Casa Branca.

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