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Economia

Alcance da meta de inflação em 2017 é ambicioso, mas factível, diz Ilan

Agência Estado

20/09/2016 16h33

Atualizada

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse nesta terça-feira, 20, à tarde, em Buenos Aires, que a meta de inflação brasileira, de 4,5%, é ambiciosa, mas realista. Ele ressaltou que há um debate mundial sobre o número adequado. "Nas economias avançadas se discute se a meta não deveria ser de 3% ou 4%", afirmou. <p><p>Goldfajn salientou que o mais importante é não colocar uma meta ousada que não possa ser alcançada, porque isso mina a credibilidade dos BCs. "Metas audazes não são eficientes se ninguém acreditar", reforçou. Goldfajn comparou o desafio ao de uma dieta, quando o adequado é fazer passos pequenos.<p><p>Ele acredita que os países emergentes têm à sua disposição uma janela de oportunidade, em função da abundância de liquidez. "Não parece provável que isso dure muito tempo. As economias avançadas voltarão ao normal. É uma janela de oportunidade para arrumar nossas economias", disse, completando que a normalização das condições monetárias globais não deve ser interpretada como uma má notícia. Ele brincou que em economias emergentes "já pensamos em tudo, pois já tentamos tudo".<p><p>Depois de prever que o ano termine com um índice de inflação de 7,3%, Goldfajn apresentou um panorama doméstico. Afirmou que o efeito da baixa no preço das commodities foi ampliado por políticas internas no Brasil. Citou o aumento indiscriminado dos gastos públicos, intervenção de preços (a inflação dos preços regulados em 2015 foi de 18%, disse) e excesso de intervenção na economia como fatores que contribuíram para a recessão.<p><p>"O mais importante do que está fazendo o governo é o teto de gastos", disse. Ele acrescentou como passos importantes para que essa primeira etapa funcione a reforma trabalhista, o aumento do investimento em infraestrutura e a privatização de vários ativos. <p><p>O economista falou nas Jornadas Monetárias e Bancárias, congresso organizado pelo BC argentino, em um painel ao lado de presidentes dos BCs de Chile e Argentina. <p><p>A apresentação foi mediada por Armínio Fraga, ex-presidente do BC, que disse ter trabalhado com Goldfajn e estava feliz pela posição à qual o colega chegou. Goldfajn arrancou risos da plateia ao brincar que gostaria mesmo é de estar na posição de Armínio. "Há um longo caminho, mas pelo menos agora estamos na direção correta", afirmou. <br /><br /><b>Fonte: </b>Estadao Conteudo

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