Acostumada a atuar no meio-de-rede, Valeskinha passou por uma experiência diferente neste início de temporada da seleção brasileira feminina: ela foi testada atuando como ponteira-passadora. E o resultado foi positivo, já que o time nacional levou as taças da Montreux Volley Masters e do Torneio de Courmayeur, na Itália.
Além disso, ela recebeu elogios de suas companheiras de equipe. “De meio-de-rede para ponteira, muda tudo. É outro estilo de jogo, outros gestos. Valeskinha mostrou toda a sua versatilidade jogando nas duas posições. Ela ainda precisa se adaptar, mas começou muito bem”, comentou a capitã Fofão.
A atleta também acredita que está se adaptando. “É uma experiência ainda recente, mas agora os movimentos já estão saindo de forma mais natural, sem que eu precise pensar muito. São funções bem diferentes, mas estou gostando da nova posição. No início estava preocupada, agora estou me divertindo”, comenta Valeskinha, que ressalta as vantagens da nova posição.
“Antes, elas atacavam e tentavam explorar o meu bloqueio. E eu detestava isso. Agora é minha vez. E quando ataco e consigo passar, brinco mesmo”, afirma, rindo.
Agora, o Brasil parte com um time misto para a disputa da Copa Pan-Americana, que começa no dia 29. Este será o último torneio preparatório antes dos compromissos mais importantes do ano: o Grand Prix, em julho, e o Campeonato Mundial, em novembro.
“Jogaremos contra boas equipes, como Estados Unidos e Canadá. Mas nosso principal adversário será Cuba, uma equipe de atletas jovens, mas que jogam juntas há muito tempo e têm muita força física”, analisa Valeskinha, que mesmo assim aposta em um bom desempenho do Brasil. “Se nosso grupo mantiver a evolução que vem apresentando, chegará muito bem ao Mundial. Temos de manter o ritmo do ano passado”, ensina.