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Brasil

USP registra BO contra alunos que impedem instalação de grades em sua moradia estudantil

O projeto das grades existe desde julho de 2024, quando uma licitação foi realizada. Em setembro, a reitoria anunciou ter desistido da obra após recorrentes protestos de moradores, mas seguiu com os trabalhos, inclusive contratando uma empresa para cuidar da automação dos portões, em novembro

Redação Jornal de Brasília

27/01/2025 16h19

usp

Foto: USP Imagens / Divulgação

BRUNO LUCCA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A USP (Universidade de São Paulo) registrou um boletim de ocorrência na quinta-feira (23) contra moradores do Crusp, sua moradia estudantil, que impedem a instalação de grades para controle de acesso no local. Segundo a reitoria, os alunos agem com violência e devem responder criminalmente por isso.

Também foi solicitada a abertura de procedimento disciplinar a ser conduzido pela Procuradoria Geral sobre o caso. No processo, os estudantes envolvidos serão convocados para depoimento e averiguação dos fatos.

O projeto das grades existe desde julho de 2024, quando uma licitação foi realizada. Em setembro, a reitoria anunciou ter desistido da obra após recorrentes protestos de moradores, mas seguiu com os trabalhos, inclusive contratando uma empresa para cuidar da automação dos portões, em novembro.

Em 2 de janeiro, homens tentaram instalar o controle de acesso nas entradas dos blocos do conjunto, quando moradores se uniram e conseguiram impedir os trabalhos.

Nas últimas semanas, a USP tentou fazer vistorias nos apartamentos e houve a tentativa de inviabilizá-las com, segundo a universidade, ofensas e desacatos a servidores públicos da zeladoria e da divisão de promoção social presentes. Os moradores do conjunto negam as acusações e afirmam que a violência partiu dos funcionários.

A confusão sobre o controle de acesso no Crusp começou em julho no último ano. Os moradores acusam a USP de planejar a instalação para fazer uma varredura nos apartamentos, nos quais também vivem clandestinos. A instituição nega. Das cerca de 1.200 pessoas no Crusp, 300 estão irregulares, segundo a AmorCrusp (Associação de Moradores do Crusp).

Muitos matriculados foram acolhidos ali por outros estudantes por não terem sido contemplados com vaga nos editais da universidade. Também há casos de ex-alunos que seguem no apartamento após conclusão do curso e daqueles totalmente sem vínculo com a universidade que invadiram o espaço.

É defendida pela AmorCrusp a análise caso a caso, sem expulsão compulsória dos ocupantes irregulares.

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