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Brasil

Um em 4 distritos paulistanos tem transmissão local de chikungunya

Agência Estado

19/11/2016 14h10

Atualizada

Um em cada quatro distritos da cidade de São Paulo já tem transmissão interna do vírus chikungunya, conforme dados apresentados ontem pela Secretaria Municipal da Saúde. Nos dez primeiros meses do ano, foram confirmados 41 casos autóctones (de transmissão interna) da doença. Eles estão distribuídos em 23 dos 96 bairros, nas cinco regiões da cidade. Outros 347 casos importados foram registrados e 512 estão em investigação.

O distrito com mais relatos confirmados é o Sacomã (zona sul), com oito registros, seguido por Tremembé e Vila Maria, ambos na zona norte e com 3 casos cada um. Até o ano passado, a cidade nunca havia tido casos autóctones desse vírus.

A secretaria informou ainda que foram confirmados nove casos autóctones de zika no município, além de 195 que seguem em investigação. “Apesar da queda no número de casos de dengue, temos de manter o alerta para combater o Aedes aegypti em toda a cidade. É muito importante ter esse alerta com a febre chikungunya porque é uma doença que pode trazer um quadro crônico, com sintomas que podem durar vários meses”, disse o secretário municipal da Saúde de São Paulo, Alexandre Padilha.

Os dados atualizados de dengue, também apresentados ontem, mostram que o número de casos confirmados da doença caiu 85% entre o ano passado e este ano, passando de 100,4 mil relatos em 2015 para 15,9 mil em 2016. As mortes também diminuíram. Foram sete vítimas neste ano, ante 25 em todo o ano passado.

Para Padilha, a queda nos casos de dengue se deve a novas medidas adotadas neste ano pela Prefeitura para evitar o avanço do Aedes e maior conscientização da população no combate aos criadouros do mosquito. Entre as ações municipais estão o uso de drones para monitoramento de imóveis fechados que eram denunciados por abrigar criadouros, o uso de larvicida em pontos estratégicos da capital e a utilização do teste rápido da dengue, que, segundo Padilha, possibilitou à secretaria agir de forma mais ágil nos distritos onde muitos casos eram diagnosticados pelo exame.

O gestor também destacou a aprovação da lei que autoriza a entrada à força nos imóveis abandonados ou de moradores que se negarem a abrir a porta para os agentes municipais. Mesmo com a legislação, apenas oito ingressos forçados foram feitos neste ano.

“Vamos manter as mesmas ações no planejamento para o próximo verão”, declarou Padilha, que disse já estar em contato com Wilson Pollara, futuro secretário da Saúde da gestão João Doria (PSDB). “Os recursos orçamentários para as medidas estão garantidos e o novo secretário disse que vai seguir o planejamento, até porque o plano está alinhado com o que prevê o Estado e o ministério.”

A secretaria não quis fazer projeções sobre o número estimado de casos de dengue, chikungunya e zika para 2017, mas divulgou pesquisa feita em imóveis sobre o índice de criadouros e infestação de larvas do Aedes encontrados em imóveis paulistanos. Embora os índices de recipientes com larvas tenham caído em relação ao ano passado, a taxa de reservatórios com água parada cresceu. A maioria das larvas foi encontrada em depósitos usados para armazenar água.

Fonte: Estadao Conteudo

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