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Brasil

Três em cada quatro paulistas vivem em ruas arborizadas, de acordo com o IBGE

Segundo a pesquisa Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios, 74% das pessoas vivem em ruas arborizadas no território paulista

Redação Jornal de Brasília

17/04/2025 20h34

Foto Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

São Paulo é um dos Estados mais arborizados do Brasil, de acordo com dados do Censo 2022 divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a pesquisa Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios, 74% das pessoas vivem em ruas arborizadas no território paulista.

Birigui, Sertãozinho e São José do Rio Preto são os municípios do País com o maior número de residentes em vias com árvores; os três com porcentagens muito próximas dos 100%. A cidade com menos árvores é Brusque (22%), em Santa Catarina.

A arborização urbana é considerada fundamental para a qualidade de vida nas cidades, sobretudo em tempos de aquecimento global, por proporcionar diversos benefícios, como a melhoria da qualidade do ar e a redução das temperaturas médias. A presença de árvores é crucial para a prevenção de enchentes porque as raízes e folhas absorvem água, ajudando a melhorar a infiltração do solo. Elas também são positivas para a purificação da água porque ajudam a reduzir os níveis de contaminação dos lençóis freáticos.

CONTRASTES

Pelo menos 66% dos brasileiros vivem em ruas arborizadas, segundo o IBGE, uma porcentagem considerada alta, ainda que um terço da população more em vias sem árvore nenhuma, segundo os pesquisadores.

Curiosamente, os menores índices de arborização de cidades estão concentrados na Região Norte, como Acre (42,1%) e Amazonas (44,6%). As unidades da federação que apresentam maior arborização estão no Centro-Oeste, como Mato Grosso do Sul (92,5%) e Distrito Federal (84,2%).

“O fato de 66% dos brasileiros viverem em trechos de ruas com pelo menos uma árvore é um número significativo”, afirmou o geógrafo Jaison Cervi, da Coordenação de Geografia do IBGE. “O problema é que as porcentagens variam muito de acordo com a região do País.”

EM ANÁLISE

Segundo Cervi, a pesquisa não explica por que as porcentagens são mais baixas justamente nos Estados que abrigam a Floresta Amazônica, mas ele especula: “Talvez por estarem tão próximos da floresta, eles não deem tanta importância para as árvores”, afirmou. “Mas elas têm uma importância específica para as cidades. Esperamos que nossos números ajudem a melhorar as políticas públicas sobre a arborização.”

Estadão conteúdo

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