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Brasil

Trabalhadores da EBC aprovam greve a partir de sexta-feira

Sem reajuste há dois anos, os funcionários denunciam exploração, assédio e retirada de direitos

Redação Jornal de Brasília

24/11/2021 9h57

Foto: CUT Rio/Divulgação

Jornalistas e radialistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) aprovaram greve a partir de 0h de sexta-feira (26). A decisão foi tomada em assembleias simultâneas ocorridas na terça (23) no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília.

Sem reajuste há dois anos, os funcionários denunciam exploração, assédio e retirada de direitos. A EBC é uma empresa de comunicação gerenciada pelo governo, que anunciou o fim do Acordo Coletivo de Trabalho. Com o desmonte do ACT, os trabalhadores perdem direitos como Auxílio à Pessoa com Deficiência, estabilidade de 60 dias após o retorno da licença maternidade e de dois anos antes da aposentadoria, garantia da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), entre outros.

Virginia Berriel, diretora do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, responsabiliza a EBC pelo cenário de greve. “Dois anos sem Acordo Coletivo de Trabalho, sem reajuste salarial e agora a empresa retirou direitos duramente conquistados através de anos de luta pelo Sindicato. Somente a greve poderá restabelecer nossos direitos e dignidade. A EBC não respeita mais seus empregados e os Sindicatos”, avalia.

A negociação chegou a ser mediada por um juiz do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Em audiência, o TST ofereceu uma proposta de meio termo, mas a EBC manteve a postura intransigente, como o próprio juiz avaliou, e a rejeitou.

De volta à negociação direta com o sindicato, a empresa apresentou uma proposta fantasiosa, segundo o presidente do Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro, Leonel Querino. Ela oferecia 7% de reajuste, o mesmo percentual que já estava previsto no ACT para ser pago aos trabalhadores, por progressão salarial.

“Os trabalhadores rejeitaram a proposta e aprovaram por unanimidade a greve. A luta vai ser dura, estamos visualizando uma briga que envolve uma luta política, mas os trabalhadores resolveram comprar essa briga e ir para o tudo ou nada”, conclui o dirigente.

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