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Brasil

Tecnologia: A cabeça nas nuvens

Arquivo Geral

04/04/2014 7h50

Os drones são a sensação do momento, seja por hobbie ou para fins profissionais. Como definição, são aeronaves não tripuladas controladas em terra. Na prática, são capazes de surpreender, graças a suas inúmeras funções.

Além de serem utilizados para diversão, os drones são instrumentos de trabalho, garante o engenheiro da computação Everton Oliveira, proprietário da empresa Iron Drone. Ainda segundo ele, diante das possibilidades, o que define o estilo e a capacidade do equipamento é a necessidade do usuário.

No geral, eles são classificados em drones de asas fixas (avião), com apenas um motor, e de asas rotativas (multirrotor), podendo ser quadricóptero, hexacóptero ou octocópteto, dependendo da quantidade de motores. O tamanho varia de acordo com o objetivo do cliente. Os que são destinados à diversão possuem entre 20cm e 70cm. Já os de uso profissional podem variar entre 60cm e 3 metros, podendo chegar até a 16 metros em modelos mais raros. 

Finalidades

“Os drones para lazer são simples e podem ser pilotados por pessoas comuns. Ainda assim, é aconselhável fazer um curso básico”, informa Everton. De acordo com ele, além da aventura que o voo proporciona, o usuário pode optar pelo FPV (First Person View), uma espécie de óculos virtual que projeta nos olhos da pessoa uma tela com a imagem da câmera que está na aeronave. “O cliente voa sem tirar os pés do chão”, acrescenta. 

 Em relação aos drones profissionais, Everton garante que as possibilidades são infinitas. “Tudo o que é feito com um drone tem resultados melhores e mais baratos do que as formas tradicionais de trabalho, além de ser possível ir a lugares em que o homem correria  risco de vida”, declara.

O valor de um drone para hobbie varia entre R$ 250 e R$ 9 mil. Já os de uso profissional chegam a custar até R$ 16 mil ou até mais, dependendo da necessidade. Além disso, no caso dos profissionais, ainda é preciso investir em cursos para se tornar um piloto qualificado.

No geral, não é preciso um instrutor para pilotar drones usados como hobbie. No entanto, procure se informar antes iniciar qualquer voo e peça ajuda de um profissional em caso de dificuldade.

Procure ambientes adequados para se divertir com o equipamento. Além disso, evite voar em locais públicos. Em quase todas as cidades existe um lugar destinado para a prática do aeromodelismo.

Procure uma empresa especializada e de qualidade no caso de uso profissional. Para pilotar esse tipo de drone é essencial seguir todo o processo de aprendizagem e as orientações do instrutor, caso contrário, o cliente perderá dinheiro, pois não vai conseguir guiar nenhum equipamento.

Utilize radiotransmissores de qualidade e bem testados. Além disso, revise a construção da  aeronave várias vezes antes de voar. 

No caso de problema, substitua qualquer peça com defeito, principalmente, nas hélices, são elas que podem comprometer a qualidade do voo e criar riscos desnecessários.

Com bons radiotransmissores é possível alcançar até 2km de distância do ponto de decolagem sem alterar o equipamento. Porém, ainda é viável estender até 20km de distância, adicionando alguns elementos ao rádio. No entanto, recomenda-se não voar mais de 150m do local da decolagem em caso de piloto inexperiente.

Dicas:

Mapear uma determinada área com imagens de alta resolução e precisão;

Aprimorar loteamento de terras, projetos de engenharia e regulamentação de terrenos rurais junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra);

Planejar e acompanhar a evolução de obras como estradas, prédios e represas;

Monitorar ambientes visando o combate ao tráfico de drogas e o crime organizado, além de identificar indivíduos armados;

Auxiliar em missões de combate a incêndios em tempo real, com informações valiosas sobre o local afetado e identificação de focos de incêndio;

Mapear áreas devastadas por incêndios, intensificar a agricultura de precisão e combater o garimpo clandestino;

Inspecionar prédios/obras com risco de desabamento;

Acompanhar a expansão de obras residenciais e comerciais para fins de adequação na cobrança de IPTU;

Ajudar na pesquisa e preservação de espécies marinhas, além de auxiliar trabalhos e construções submarinas em plataformas petrolíferas, no caso dos drones aquáticos; 

Resultados incríveis

Segundo Lucas Longo, fundador do Iai (Instituto de Artes Interativas), os drones produzem resultados de destaque, pois possuem estabilidade no ar. Além disso, Lucas garante que as aeronaves oferecem o conforto de serem controladas por rádios, celulares e até tablets. “Pensar que hoje é possível fazer imagens, fotografar e mapear lugares que antes eram quase impossíveis por um preço muito mais em conta comprova a importância dessas aeronaves para o futuro”, assegura Lucas.

O engenheiro civil Filipe Cabral, da empresa KF Soluções de Engenharia, veio do Recife para Brasília junto com o amigo Kleriston Costa apenas para fazer um curso profissionalizante e garante que vale a pena todo o esforço e investimento nos drones. Para ele, os serviços oferecidos pelos equipamentos só trazem vantagens. “A minha empresa trabalha com projetos de estradas, ferrovias e terraplanagem e ter a ajuda dos drones, com certeza, é um grande diferencial. Perco menos tempo do que o normal, tenho acesso a informações mais precisas, cumpro melhor os prazos de entrega e, principalmente, não preciso escalar nenhum funcionário para ir acompanhar a obra, pois o drone já faz isso”, comemora Filipe. 

“As imagens aéreas feitas em helicópteros não se comparam às que são obtidas por um drone, por exemplo. O helicóptero balança e isso atrapalha a qualidade da foto, o que não acontece com as aeronaves não tripuladas. Além disso, eles (helicópteros) não conseguem ficar muito perto do chão e o voo custa muito caro, tendo em vista que para fazer um trabalho satisfatório é necessário voar muitas vezes”, finaliza o engenheiro Everton Oliveira.

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