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Brasil

Tarcísio, sobre favela do Moinho: está saindo agora a cessão da área para o governo de SP

O acordo de transferência havia sido anunciado em junho, durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na região

Redação Jornal de Brasília

14/10/2025 14h00

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou nesta terça-feira, 14, o avanço da gestão estadual sobre o controle da área da favela do Moinho, no centro da capital paulista, que tem sido alvo de disputa entre os governos estadual e federal. O decreto que oficializa a cessão da área por 20 anos ao Estado foi publicado no Diário Oficial desta terça.

O acordo de transferência havia sido anunciado em junho, durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na região. Tarcísio foi convidado, mas não compareceu por conta de evento habitacional em São Bernardo do Campo (SP), berço político de Lula. Pela medida, o governo paulista passa a ter posse e direitos de uso da área, enquanto a propriedade formal permanece com a União.

“Logo que a gente consiga desmobilizar, a gente inicia a construção do Parque do Moinho. A gente vai ter a demolição daquelas estruturas”, afirmou Tarcísio. “Aí nós vamos fazer a transposição de linhas, a construção daquilo que vai ser a Estação Bom Retiro, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), e também o Parque do Moinho, que vai se integrar à grande intervenção urbanística que a gente vai fazer no centro.”

Segundo o governador, 70% das famílias que ocupavam o local já foram removidas, e o atendimento habitacional “segue como prioridade” da administração estadual. Parte dos moradores já recebeu unidades definitivas, enquanto outros estão sendo atendidos por meio do aluguel social até a conclusão dos novos empreendimentos, de acordo com ele. Tarcísio afirmou ainda que a área representa hoje um risco à integridade física das pessoas que ainda vivem no local, devido ao comprometimento estrutural dos imóveis.

Crime organizado

O governador também declarou que o Estado mantém o acompanhamento das investigações sobre a atuação do crime organizado na região, após denúncias de ameaças a funcionários da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e a moradores. Ele afirmou que a situação se estabilizou após uma operação policial que prendeu lideranças criminosas do Primeiro Comando da Capital (PCC) ligadas à favela, permitindo que as ações no entorno transcorressem “de forma mais serena e segura”

Estadão Conteúdo

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