O estado de São Paulo já contabiliza 10 casos confirmados de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas e outros 29 sob investigação, segundo balanço atualizado até a noite desta quarta-feira (1º). Uma morte foi confirmada pela substância e outras cinco estão sob apuração.
As fiscalizações resultaram na interdição de seis bares e distribuidoras em bairros da capital — Bela Vista, Itaim Bibi, Jardins e Mooca — e em municípios da Grande São Paulo, como São Bernardo do Campo e Barueri. No total, foram 942 garrafas apreendidas em operações desta semana. Além disso, 128 mil garrafas foram lacradas em Barueri por falta de documentação.
A Secretaria da Fazenda suspendeu preventivamente a inscrição estadual de uma distribuidora e analisa outras três empresas. A pasta também rastreia a origem das bebidas adulteradas. Um gabinete de crise foi criado na terça-feira (30) para articular as ações entre as secretarias de Saúde, Segurança Pública, Fazenda e Justiça.
De acordo com o governo, cinco inquéritos policiais já foram instaurados para investigar os casos suspeitos.
Casos confirmados e em investigação
- 10 confirmações (laudo positivo para metanol e ingestão de bebida adulterada comprovada)
- 29 em investigação (indícios clínicos aguardando laudo)
- 1 morte confirmada por metanol
- 5 mortes em investigação
Recomendações
O metanol é altamente tóxico e pode provocar cegueira permanente, coma e até morte. A substância, usada em solventes, combustíveis e produtos de limpeza, pode estar presente em bebidas alcoólicas adulteradas como gin, vodca e whisky.
A rede de saúde estadual já está preparada para atender casos de suspeita de intoxicação, com exames rápidos realizados em laboratórios de Campinas, Botucatu e Ribeirão Preto, que fornecem resultados em até uma hora.
No Brasil, o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional) já notificou 43 casos de intoxicação por metanol até esta quarta-feira (1º). O Ministério da Saúde emitiu nota técnica orientando estados e municípios a notificarem imediatamente qualquer suspeita e adotarem protocolos específicos para garantir tratamento rápido às vítimas.