Daniele Madureira
São Paulo, SP
A varejista de eletroeletrônicos Fast Shop sofreu um ataque hacker nesta quarta-feira (22). Tanto site quanto aplicativo saíram do ar, mas a empresa disse que os serviços já foram restabelecidos.
“A Fast Shop informa que identificou uma tentativa de acesso não autorizado aos sistemas da companhia. Como forma de prevenção, a empresa acionou os protocolos de segurança, e por este motivo, o site e o app ficaram temporariamente indisponíveis, porém já se encontram restabelecidos e funcionando normalmente”, informou a companhia, em comunicado divulgado na manhã desta quinta-feira (23).
“Ressaltamos que todas as lojas continuam abertas e operando regularmente em todo país. Salientamos que toda a base de informações da empresa está sob rígidos processos de segurança e não houve evidências de danos aos dados de nossos clientes”, diz o texto.
A reportagem tentou acessar a página da varejista, mas o serviço para obtenção de senha não está disponível, tanto no site quanto no aplicativo. Também o SAC (serviço de atendimento ao consumidor), no telefone (11) 3003-3728, não está atendendo.
“Desculpa, neste momento não vamos poder te atender. A equipe está indisponível no momento. Obrigado pela compreensão e até mais”, diz a mensagem do SAC.
O Twitter da empresa também foi hackeado. Ontem, na rede social, um tweet chegou a anunciar o fechamento de todas as lojas até o dia 26 e o adiamento de todos os pedidos até 27 de junho. O aviso foi fixado no perfil, assim como um tweet informando o ataque de extorsão pelos supostos hackers, que estariam em busca de dinheiro para evitar o vazamento dos dados de clientes. No início da tarde desta quinta, porém, os tweets já haviam sido removidos.
“Houve um acesso não autorizado à conta da Fast Shop no Twitter, mas a empresa já recuperou a conta e adotou as medidas de segurança para prevenir novas tentativas de acesso indevido”, informou a varejista em novo comunicado no início da tarde desta quinta-feira.
A respeito do SAC, a empresa afirma que, como todos “os sistemas foram derrubados para preservação da segurança”, o serviço também ficou fora do ar, mas já está sendo normalizado. “O site já está funcionando integralmente e a recuperação de senha deve estar disponível em breve”, informou.
Este é o segundo caso do ano envolvendo uma invasão cibernética em um site de uma grande varejista. Em fevereiro, um ataque hacker a Americanas deixou o site da empresa e de outras companhias do grupo (Submarino, Shoptime e Sou Barato) fora do ar por pelo menos quatro dias. O ataque gerou prejuízo de R$ 923 milhões.
Segundo levantamento global da consultoria Accenture, no ano passado, cada empresa registrou 270 ataques cibernéticos, um aumento de 31% frente a 2020.
Desse total, 29 (11%) foram bem-sucedidos, ou seja, afetaram o sistema das companhias. Como ataque, a pesquisa da Accenture define “acesso não autorizado de dados, aplicativos, serviços, redes ou dispositivos.”