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Brasil

Sete presos suspeitos de liderarem Comando Vermelho no RJ são transferidos para presídios federais

Presos apontados como líderes do Comando Vermelho foram levados de Bangu 1 para presídios federais após reação violenta à operação que deixou 121 mortos

Redação Jornal de Brasília

12/11/2025 13h23

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Foto: AFP

YURI EIRAS
FOLHAPRESS

A secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro realizou nesta quarta-feira (12) a transferência de sete presos, considerados líderes do Comando Vermelho, para penitenciárias federais.


O pedido de transferência havia sido feito pelo governador Cláudio Castro (PL) ao governo federal após a operação Contenção, que deixou 121 mortos no dia 28 de outubro, e a represália do CV nas ruas. A lista inicial tinha dez presos.


Os detentos listados pelo governo são suspeitos, segundo a gestão, de decidirem pela reação da facção nas ruas logo após a operação.


A transferência foi decidida pelo juiz titular da VEP (Vara de Execuções Penais), Rafael Estrela Nóbrega.


Os sete saíram da penitenciária Laércio da Costa Peregrino, conhecida como Bangu 1, até o aeroporto do Galeão, onde embarcaram em aeronaves da Polícia Federal rumo aos presídios federais, cujos nomes e localizações não foram informados pelo governo.


A ação, segundo a gestão Castro, é coordenada com o Ministério da Justiça através da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais).


“É uma ação estratégica para preservar a ordem pública e assegurar a tranquilidade da população fluminense”, disse Cláudio Castro em nota.

Os sete presos transferidos são:
Arnaldo da Silva Dias (“Naldinho”) – condenado a 81 anos, 4 meses e 20 dias
Carlos Vinicius Lírio da Silva (“Cabeça de Sabão”) – condenado a 60 anos, 4 meses e 4 dias Eliezer Miranda Joaquim (“Criam”) – condenado a 100 anos, 10 meses e 15 dias
Fabrício de Melo de Jesus (“Bicinho”) – condenado a 65 anos, 8 meses e 26 dias
Marco Antônio Pereira Firmino da Silva (“My Thor”) – condenado a 35 anos, 5 meses e 26 dias
Alexander de Jesus Carlos (“Choque”) – condenado a 34 anos e 6 meses
Roberto de Souza Brito (“Irmão Metralha”) – condenado a 50 anos, 2 meses e 20 dias


Ao menos cinco Choque, Irmão Metralha, My Thor, Criam e Cabeça do Sabão— dos sete detentos já passaram por unidades prisionais federação, e depois retornaram para presídios estaduais.


Segundo a polícia, Choque e Irmão Metralha atuavam nos complexos da Penha e do Alemão; My Thor, um dos traficantes mais antigos do CV, atua desde a década de 1990 e é oriundo do Santo Amaro, na zona sul.


Criam, ainda segundo a polícia, é uma liderança da facção na Baixada Fluminense e Cabeça do Sabão atua no morro do Sabão, em Niterói, região metropolitana.

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