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Brasil

Servidora é presa suspeita de desviar 220 armas dentro de delegacia em BH

Servidora foi detida pela Corregedoria da Polícia Civil e vai responder pelo crime de peculato

Redação Jornal de Brasília

11/11/2025 11h09

servidora é presa suspeita de desviar 220 armas dentro de delegacia em bh

Foto: Divulgação / PCMG

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

Uma servidora concursada da Polícia Civil de Minas Gerais foi presa, no domingo, por suspeita de desviar cerca de 220 armas de fogo que haviam sido apreendidas das mãos de criminosos pelo órgão e que estavam guardadas na 1º Delegacia do Barreiro, em Belo Horizonte.

Servidora foi detida pela Corregedoria da Polícia Civil e vai responder pelo crime de peculato. Ela é suspeita de desviar arsenal com 220 armas que havia sido apreendido e estava guardado sob responsabilidade do órgão. As informações são da própria Polícia Civil de Minas Gerais.

Desvio do arsenal foi notado após a prisão de um homem que portava uma arma já apreendida e que deveria estar guardada na 1º DP do Barreiro. O caso levantou suspeitas de extravio e desencadeou a investigação que levou à prisão da servidora.

Polícia afirma que as armas extraviadas são de “baixo calibre” e “algumas até obsoletas”. A corporação também garantiu que “não houve nenhuma invasão à unidade policial conforme perícia realizada na delegacia do Barreiro”, de acordo com o delegado Rômulo Guimarães Dias.

Delegado ressaltou que não há envolvimento de facção criminosa nos desvios das armas, mas não explicou para quem as armas eram repassadas. “A investigação se encontra em estágio avançado e, até o presente momento, não há nenhuma informação do envolvimento de organização criminosa nos fatos apurados”, explicou.

Corregedoria da Polícia Civil mineira também instaurou procedimento de correição administrativa para apurar as irregularidades constatadas. Em nota, o órgão reiterou seu “compromisso com a transparência, responsabilidade e o rigor na apuração dos fatos, reafirmando seu compromisso com a preservação da legalidade e da confiança da sociedade”.

Servidora presa não exercia cargo de policial e tem salário bruto mensal de R$ 7,5 mil. A mulher foi aprovada em um concurso de analista da Polícia Civil em 2013, cargo que exige o diploma de ensino superior para seu exercício.

Defesa disse que pediu à Justiça a liberdade provisória da servidora porque sua prisão foi embasada em uma “investigação totalmente frágil”. O advogado Lucas Furtado afirmou ainda que a delegacia onde a suspeita atuava “era completamente sucateada e diversos servidores tinham acesso a esse material” armazenado pela polícia, não apenas sua cliente.

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