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Brasil

Sem-teto marcam protesto contra falta de água em SP

Arquivo Geral

24/09/2014 21h50

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e o Movimento Periferia Ativa marcaram para a tarde desta quinta-feira, 25, um protesto contra a falta de água em bairros da periferia da capital paulista.

Segundo os organizadores, o ato começará às 16h no Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste, com destino à sede da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), na mesma região. Depois, eles prometem bloquear a Marginal do Pinheiros, em pleno horário de pico do trânsito na via.

Os sem-teto afirmam que o objetivo da manifestação “é cobrar soluções e denunciar o racionamento permanente que está sendo feito em bairros da periferia de São Paulo e a falta de respostas do governo em relação ao tema”.

Segundo o movimento, uma lista de bairros afetados pelos cortes no abastecimento de água foi apresentada em uma reunião com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) em julho, mas a entidade não obteve nenhum retorno do tucano. Desde o início da crise no Sistema Cantareira, em janeiro, a Sabesp tem negado racionamento de água, apesar das queixas da população.

Segundo pesquisa Ibope divulgada no início deste mês pelo Estado, 50% dos paulistanos relataram ter sofrido interrupção no abastecimento de água em suas casas nos últimos três dias. Em todo o Estado, o índice foi de 38%.

De acordo com o levantamento, para 37% dos paulistas a culpa da falta d’água é a falta de chuvas na região dos mananciais. Outros 14% responsabilizam o desperdício do consumidor, 13% culpam Alckmin, 13% debitam o problema às empresas de abastecimento e outros 8% à falta de investimentos.

Além da questão da água, o MTST afirma que o ato também tem como objetivo “denunciar os despejos que estão sendo feitos e os que estão previstos para as próximas semanas” na cidade, como o da ocupação denominada Chico Mendes, no bairro do Morumbi, zona sul da capital. “A Prefeitura de São Paulo e o governo estadual só têm apresentado a polícia como solução para as famílias despejadas”, afirmam as organizações.

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