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Brasil

Sem conscientização, todos países, até os ausentes, vão pagar preço alto

“Minha expectativa sobre a COP30 é um avanço na conscientização de que, sozinhos, não iremos progredir. Todos os países, mesmo os ausentes nessa COP, vão pagar um preço muito alto”, afirmou Guilherme Leal

Redação Jornal de Brasília

12/11/2025 12h47

Foto: Rafa Neddermeyer/COP30

Foto: Rafa Neddermeyer/COP30

 Todos os países, inclusive, os ausentes na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), vão sofrer com a mudança do clima se não houver uma conscientização sobre a urgência de um mutirão na agenda climática. “Minha expectativa sobre a COP30 é um avanço na conscientização de que, sozinhos, não iremos progredir. Todos os países, mesmo os ausentes nessa COP, vão pagar um preço muito alto”, afirmou Guilherme Leal, cofundador da Natura e da Dengo em um painel sobre bioeconomia na CasAmazônia em Belém nesta manhã.

Leal defendeu que é preciso ter sabedoria para combinar as três inteligências que passam a conviver no mundo. “São a inteligência humana, a inteligência da natureza, que é insuperável por mais que a humanidade tenha acumulado conhecimento, e a inteligência artificial. Se não tivermos sabedoria para combinar essas três inteligências, perderemos oportunidades e correremos riscos cada vez maiores”, disse. “Entremos na era da inteligência artificial que é uma oportunidade incrível mas pode ser uma ameaça.”

O empresário defendeu que os saberes tradicionais das comunidades da floresta precisam ganhar mais espaço. “Para chegar onde queremos, é preciso competência técnica, boa ciência Mas não estou falando apenas da boa ciência de São Paulo, Oxford, do Pará. Estou falando da ciência da Amazônia, que precisa dialogar com o universo cientifico”, disse.

Leal contou que aprendeu recentemente que a região amazônica é fruto do reino vegetal mas muito da forma como os povos tradicionais e comunidades ribeirinhas fazem uso da floresta há milhares de anos. “Existe uma riqueza no âmbito dos povos que habitaram e que habitam essa floresta muito grande. É preciso ter muito respeito pelo valor dos diferentes saberes”, afirmou.

Estadão Conteúdo

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