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Brasil

São Paulo registra 25 casos confirmados de intoxicação por metanol

O número de suspeitas descartadas subiu para 189, com 37 eliminações após análises clínicas e epidemiológicas

Redação Jornal de Brasília

10/10/2025 19h07

bebidas

Foto: Pixabay

FOLHAPRESS

O estado de São Paulo registrou 25 casos confirmados de intoxicação por metanol segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde desta sexta-feira (10). Outros 160 casos estão sob investigação.


O número de suspeitas descartadas subiu para 189, com 37 eliminações após análises clínicas e epidemiológicas. O total de mortes permanece em cinco confirmadas, enquanto outras seis permanecem em investigação.


Ainda na sexta, a polícia desativou uma fábrica clandestina em São Bernardo do Campo que produzia bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, uma substância altamente tóxica de uso industrial.


Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, o grupo criminoso adquiria a substância diretamente em postos de combustível, onde era vendida como etanol adulterado, e a utilizava para falsificar destilados como vodca e uísque.


A operação que levou à descoberta do local foi motivada pela morte de duas pessoas por intoxicação. As vítimas, Ricardo Lopes, 54 anos, e Marcos Antônio Jorge Júnior, 46 anos, consumiram as bebidas contaminadas no Bar Torres, na Mooca, um estabelecimento abastecido por uma distribuidora que comprava da fábrica clandestina. Tanto o bar quanto a fábrica foram interditados pelas autoridades.


Na quinta-feira (9), duas novas prisões ocorreram no estado de São Paulo no âmbito da operação contra bebidas adulteradas. Em São José dos Campos, um homem foi detido por fabricar e rotular bebidas de forma irregular em um depósito clandestino.


Em Cajamar, na região metropolitana, outro homem foi preso durante uma busca em uma adega. A polícia apreendeu cerca de 915 garrafas de uísque, vodca e gim com indícios de falsificação.


Derrite afirmou que não há indícios de envolvimento do PCC (Primeiro Comando da Capital) na adulteração das bebidas. No início da semana, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, levantou a hipótese de participação do crime organizado, com base em uma ação policial contra a infiltração de criminosos em postos de combustível e no setor financeiro. No entanto, não há evidências disso que comprovem isso até o momento.


Desde 29 de setembro, já foram apreendidas mais de 20 mil garrafas de bebidas, 480 mil rótulos e 113 mil recipientes vazios. Ao todo, 49 pessoas foram presas, sendo 28 delas nas operações mais recentes.


A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que o próximo balanço dos casos será divulgado na segunda-feira (13).

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