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Retrospectiva 2018. Os assuntos que foram destaque no JBr. em fevereiro

Arquivo Geral

25/12/2018 16h02

Tânia Rêgo/Agência Brasil

Apenas ensino infantil apresenta crescimento

O Censo da Educação Básica de 2017, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), apontou uma queda no número de alunos no Ensino Médio.

Com 7.930.384 alunos matriculados, o País conta com 383 mil a menos que o ano anterior. A etapa é considerada um dos principais gargalos da educação básica.

No geral, o censo mostra um total de 48,6 milhões de alunos, matriculados em 184,1 mil escolas (83% são públicas).
O ensino infantil foi o único a aumentar, com uma adição de 902 mil matrículas, chegando a 8,5 milhões de alunos. A evolução reflete uma mudança na legislação em 2016, que tornou obrigatória a presença de 100% das crianças de 4 e 5 anos em escolas.

Sarampo bate à porta

Ainda no início do mês, a Secretaria Estadual de Saúde de Roraima confirmou a suspeita de três casos de Sarampo no estado. À época, uma criança venezuelana de 1 ano de idade, sem histórico vacinal, já havia sido confirmada pela Fiocruz com a doença.
Antes erradicado no Brasil, o Sarampo atingiu 10.163 pessoas, de acordo com balanço de novembro último do Ministério da Saúde.

O órgão relaciona a epidemia brasileira ao aumento da migração no País, visto que os casos estão relacionados ao genótipo D8, importado da Venezuela, que enfrenta um surto de da doença há um ano.

Do total de casos, 9.695 ocorreram no Amazonas e 347 em Roraima, estados que registram surto da doença.

Também foram confirmadas 12 mortes – quatro em Roraima, seis no Amazonas e duas no Pará.

Se reforma não passar, será feita ‘administração de danos’

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (foto), afirmou em janeiro que, se a reforma da Previdência não fosse aprovada em fevereiro, o governo partiria para “uma política de administração de danos”. Segundo ele, o governo de Michel Temer tinha, à época, como chegar ao fim sem a reforma.
Isso significaria, segundo ele, cortes violentos em outras áreas, de modo a não desequilibrar o orçamento federal. Poderia haver também medidas que não exigissem maioria qualificada no Congresso.
Marun reafirmou a defesa da reforma, mas fez questão de destacar que o governo não deixaria a discussão do tema passar de fevereiro. Para ele, esse era um direito do governo.

Inflação é a mais baixa

O fim da cobrança adicional na conta de luz conseguiu compensar a alta no preço dos alimentos e transportes no primeiro mês do ano, e a inflação oficial do País desacelerou em janeiro.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo subiu 0,29%, 0,15 ponto percentual abaixo do 0,44% de dezembro, divulgou no dia 8, o IBGE. Em janeiro de 2017 a taxa foi de 0,38%. Este foi o IPCA mais baixo para o mês de janeiro desde a criação do Plano Real, em 1994.

Em 12 meses, o índice foi para 2,86%, após o ano passado ficar em 2,95%.

PIB volta a crescer, mas a retomada ainda demora

A expectativa de crescimento superior a 1% do PIB do País, anunciada no dia 19 pelo Banco Central, ainda não significava no início do ano que a recuperação estava definida. Como o Brasil possui 12 milhões de desempregados, trunfos como a liberação do FGTS inativo não teriam o mesmo impacto sobre a economia em 2018.

Massacre em escola põe controle de armas em pauta

Dezessete pessoas morreram e 15 ficaram feridas em um ataque à escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, na Flórida, Estados Unidos. O atirador, Nikolas Cruz, de 19 anos, era ex-aluno da instituição, expulso por indisciplina, e chegou a ser proibido de entrar na escola com mochilas.

Com treinamento militar, ele utilizou um rifle de uso policial (AR-15), comprado legalmente, para o massacre, e foi detido duas horas depois.

Em pronunciamento oficial, o presidente americano Donald Trump atribuiu o tiroteio a uma possível condição mental de Cruz, evitando falar sobre o controle de armas – discussão que tomou redes sociais após o ocorrido. O massacre superou o de Columbine, ocorrido em 1999, que deixou 15 mortos.

Kim Jong-un falsificou passaporte brasileiro

O ditador norte-coreano Kim Jong-un e o pai, hoje falecido, Kim Jong-il, obtiveram ilegalmente passaportes brasileiros, nos anos 1990, para tentar vistos de visita para países ocidentais. Ambos os documentos apresentam informações falsas dos coreanos. O atual ditador aparecia com o nome de Josef Pwag, um paulistano nascido em 1983. O caso foi descoberto pela agência de notícias internacional Reuters, e confirmado em abril pelo Itamaraty.

Nas imagens veiculadas, os documentos foram expedidos no dia 26 de fevereiro de 1996, assinados por Antonio J. M. de Souza e Silva. Entre 1993 e 1997, o diplomata Antonio José Maria de Souza e Silva era o embaixador brasileiro em Praga. Atualmente, ele é embaixador do Brasil em Mianmar.

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