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Brasil

Retrospectiva 2018. Caso Marielle e desemprego tomaram conta dos noticiários

Arquivo Geral

26/12/2018 7h00

Atualizada 25/12/2018 18h30

Reprodução

Caso ainda sem solução

A ex-vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL, Marielle Franco, e o motorista Anderson Gomes foram assassinados enquanto voltavam de uma roda de conversa no dia 14 de março. O veículo foi atingido por 13 disparos de arma de fogo e uma assessora da vereadora que estava no banco de trás sobreviveu. A execução comoveu o País e protestos foram realizados em várias cidades contra a impunidade do caso.

A Polícia Federal afirma já ter os nomes dos mandantes e assassinos dos dois, mas ainda não divulgou, porque há lacunas nas investigações.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriu no dia 13 de dezembro mandados de prisão e de busca e apreensão ligados às mortes da vereadora e do motorista, caso há nove meses sem solução. Segundo a TV Globo, a operação foi feita para prender milicianos, alguns deles suspeitos de envolvimento com o caso.

Apagão afeta 70 milhões

Uma falha na linha de transmissão da usina de Belo Monte, no Pará, interrompeu o fornecimento de energia em estados das regiões Norte e Nordeste no dia 21, deixando cerca de 70 milhões de pessoas sem energia. Em outras regiões, também houve cortes isolados, como parte de procedimento de segurança para evitar que o apagão se alastrasse pelo País.

A priori, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) disse que o corte foi provocado por uma perturbação na rede de transmissão de energia, mas que as causas estavam sendo investigadas. Distribuidoras de energia e fontes do setor disseram, porém, que o problema foi iniciado na linha de transmissão que traz energia de Belo Monte para as regiões Sudeste e Centro Oeste. Em abril, o ONS concluiu que o apagão foi causado por falha no ajuste de um disjuntor na subestação Xingu, que é parte do sistema de transmissão da usina de Belo Monte, no Pará.

Somem postos de trabalho

O mercado de trabalho no País perdeu 611 mil vagas com carteira assinada no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 1,8% no período encerrado em fevereiro em comparação com o mesmo período do ano anterior.

As informações foram divulgadas em março na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O total de vagas formais no setor privado no País caiu a 33,126 milhões de postos, o montante mais baixo de toda a série histórica da pesquisa iniciada em 2012.

Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 5% em um ano, com 511 mil empregados a mais.
O total de empregadores cresceu 5,5% ante o trimestre até fevereiro de 2017, com 225 mil pessoas a mais.

Governo revê imposto para baratear gasolina

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, revelou que o governo estudava alterar a tributação sobre os combustíveis, de forma que isso possa reduzir o preço nas bombas.

Em Nova York, o ministro afirmou que a tributação que incide sobre a gasolina é elevada e fixa, o que faz com que os preços subam mais quando o petróleo aumenta no exterior e não caiam quando a cotação recua. “Questões serão analisadas com calma”, disse Meirelles.

Brasil cresce, mas DF encolhe

O Distrito Federal encerrou o ano de 2017 com retração de 0,3% na comparação com o ano anterior, conforme o Índice de Desenvolvimento Econômico do DF, divulgado em março. O resultado estava abaixo do avanço de 1% constatado pelo IBGE para o Brasil e, portanto, a capital teve atividade econômica pior em relação ao País. Na imagem, o secretário de Desenvolvimento Econômico do DF, Valdir Oliveira.

O espião envenenado

O Reino Unido acusou formalmente a Rússia no dia 14 de envenenar o ex-espião Serguei Skripal e sua filha, Iulia, em solo britânico. Segundo a primeira-ministra, Theresa May, o “uso ilegal de força do Estado russo contra o Reino Unido” será respondido com a expulsão de 23 diplomatas acusados de espionagem e com o congelamento de contatos diplomáticos de alto nível.

May afirmou que só havia duas hipóteses plausíveis para o ataque com o agente neurotóxico Novitchok do dia 4. Ou o Kremlin ordenara o envenenamento, ou perdera controle sobre uma perigosa arma química. “Nenhuma explicação sobre como esse agente foi usado no Reino Unido foi dada”, disse ela.

O Ministério das Relações Exteriores russo disse que a medida era “inaceitável”. É de se esperar a expulsão de um número correspondente de diplomatas britânicos na Rússia, como é praxe.

Putin é reeleito com recorde

Mal havia sido divulgada a pesquisa de boca de urna que dava uma vitória acachapante para Vladimir Putin, os comentaristas do canal oficial Russia Today já se perguntavam se o presidente estenderia seu mandato de seis anos. Dito e feito, Putin foi perguntado sobre isso na rápida entrevista que deu na noite da vitória, no dia 18. Repreendeu o repórter com uma brincadeira, dizendo que não ficaria no poder até os cem anos, mas antes soltou que “no momento” não pensa em mudanças constitucionais.

Assegurado o leme do Kremlin com números expressivos em votação recorde, Putin voltou a se dedicar ao trabalho de comandar o maior país do mundo enquanto implementa a permanência de seu poder. Se chegar ao fim do mandato em 2024, Putin terá 72 anos. Se vai querer chegar “aos cem anos” em evidência, é incerto, mas dificilmente irá deixar sua sucessão correr solta.

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