FRANCISCO LIMA NETO
FOLHAPRESS
A Polícia Civil de São Paulo identificou dois homens suspeitos de participação na morte do cabeleireiro José Roberto Silveira, 59, encontrado amarrado e com sinais de violência em casa, no Alto de Pinheiros, na zona oeste, no último sábado (22).
Os suspeitos foram gravados por câmeras de monitoramento saindo da casa.
De acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública), a Divisão de Homicídios do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), que investiga o caso, pediu à Justiça a prisão dos dois suspeitos, que estão foragidos.
A polícia faz buscas para localizá-los.
Na tarde de quarta-feira (26), um homem foi conduzido até o 72° Distrito Policial (Vila Penteado) por suspeita de envolvimento no crime. Na unidade policial, ele apresentou informações desconexas e, após ser ouvido, foi liberado, conforme a pasta da segurança.
O CASO
O cabeleireiro José Roberto Silveira, 59, foi encontrado morto, na tarde de sábado na casa em que morava com a mãe.
Câmeras de monitoramento da rua mostraram quando o cabeleireiro saiu com o carro da garagem de casa, na rua Pio XI, à 1h39 do sábado. Ele retornou às 2h13.
As mesmas câmeras registraram quando dois homens deixaram a casa de Silveira a pé, às 5h53.
O corpo só foi encontrado à tarde, após a mãe dele, de 98 anos, acionar uma sobrinha. A idosa, que mora no imóvel e tem limitações para se locomover, estranhou quando Silveira não apareceu para cuidar dela e não atendeu as ligações.
A sobrinha foi ao local, e um amigo da vítima, que fornecia produtos usados no salão de cabeleireiro, também estava lá. Com ajuda de vizinhos, os dois conseguiram entrar no imóvel e deram comida para a idosa.
O amigo resolveu olhar o quarto de Silveira e o encontrou morto.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública do estado), o cabeleireiro estava nu, com punhos e joelhos amarrados por fios, meias na boca e sinais de asfixia. Havia marcas de sangue no colchão, em travesseiros e na parede. Uma faca, sem sinais de sangue foi encontrada no banheiro.
O caso foi registrado como homicídio no 14º DP de Pinheiros e foi solicitado assessoramento ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). O imóvel, onde também funcionava o salão de Silveira, passou por perícia.