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Brasil

Pfizer pede à Anvisa uso emergencial de vacina adaptada à ômicron

Apesar do pedido de uso emergencial, a Pfizer reafirma que sua vacina já à disposição tem demonstrado bons níveis de efetividade

FolhaPress

19/08/2022 20h28

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Phillippe Watanabe
São Paulo, SP

A farmacêutica Pfizer enviou à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) um pedido de uso emergencial de uma nova vacina contra a Covid, dessa vez adaptada à variante ômicron do coronavírus.
O pedido foi protocolado nesta nesta sexta-feira (19).

Trata-se, segundo a farmacêutica, de uma vacina bivalente, que abrange tanto o Sars-CoV-2 original, ou seja, o vírus que iniciou a pandemia de Covid, quanto a variante ômicron BA.1, que se alastrou rapidamente por todo o mundo.

Apesar do pedido de uso emergencial, a Pfizer reafirma que sua vacina já à disposição tem demonstrado bons níveis de efetividade e de proteção contra hospitalizações e mortes em relação ao vírus original e suas posteriores variantes.

Segundo a Anvisa, a farmacêutica propõe usar a nova vacina bivalente como dose de reforço para pessoas acima de 12 anos. “Para esse pedido, a empresa reuniu-se de forma prévia com áreas da Anvisa relacionadas ao tema para apresentação da nova vacina para a Covid-19”, diz, em nota, a agência.

A empresa diz já trabalhar em novas atualizações vacinais para as subvariantes BA.4/BA.5 da ômicron.

“Vale ressaltar que o contrato atualmente vigente de fornecimento de vacinas da Pfizer ao Brasil inclui a entrega de potenciais vacinas adaptadas e/ou para diferentes faixas etárias”, diz, em nota, a farmacêutica.
A atualização das vacinas contra a Covid era algo já esperado por pesquisadores da área, considerando as diversas mutações que foram vistas no vírus com o passar dos anos.

A variante ômicron, especialmente, quando foi descoberta –por um cientista brasileiro, inclusive– chamou a atenção da comunidade científica pela elevada quantidade de alterações na proteína spike, que é a usada pelo Sars-CoV-2 para se ligar às nossas células e invadi-las.

Um ponto importante é que essa proteína é central na ação das vacinas. Por isso, havia o receio de que mudanças na informação genética da spike poderiam, eventualmente, levar a um escape vacinal.

De fato, com as variantes, se viu um maior escape à imunização promovida pelos imunizantes, mas, mesmo assim, as diversas doses de vacinas se mostraram capazes, em grande medida, de frear o vírus.

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