Depois de três anos de investigação, a Polícia Federal cumpriu, em conjunto com os governos do Paraguai e dos Estados Unidos, diversos mandados de busca e apreensão nos três países, com 16 prisões até então. A operação começou a partir da apreensão de pistolas e fuzis na Bahia.
De acordo com a PF, existe uma grande organização criminosa responsável pelo tráfico internacional de armas, que fornecia armamento pesado para chefes das maiores facções brasileiras. Dentre os nomes dos chefes, os de Diego Hernan Dirísio, o maior traficante de armas da América do Sul, e Fhillip da Silva Gregório, conhecido como “Professor”, que atuava no Complexo do Alemão e era um dos principais clientes de Dirísio.
As armas vinham de países da Europa, e entravam no Brasil pelo Paraguai. A estimativa é de que Diego tenha movimentado cerca de R$ 1 bilhão de 2020 até agora. A empresa dele, que até então era legalizada, fazia as vendas de armas no Paraguai.
Além disso, de acordo com um porta-voz do Ministério Público do Paraguai, a empresa comandada por Diego ganhou várias licitações de compra de equipamento para o exército e para a polícia. Em três anos, mais de 40 mil armas teriam sido importadas por ele do Leste Europeu.
Tanto Fhillip como Diego Hernan seguem foragidos.