A Petrobras produziu no exterior uma média de 16,3 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia em junho, com uma redução de 4,9% em relação ao mês de março, devido à menor demanda pelo combustível procedente da Bolívia. Essa medida seguiu a “redução da demanda do gás produzido pela Petrobras na Bolívia”, informou a companhia nesta segunda-feira em comunicado.
O Brasil, que há alguns anos atrás importava da Bolívia aproximadamente metade do gás natural que consumia mediante um gasoduto com capacidade para transportar até 30 milhões de metros cúbicos diários, reduziu essa dependência graças à elevação da produção interna e a construção das infraestruturas necessárias para importar por mar gás natural liquidificado de outros países. O contrato para adquirir gás natural boliviano vence em 2019, mas o governo brasileiro já manifestou em diversas vezes seu interesse em renová-lo esse acordo.
Segundo o comunicado divulgado nesta segunda, a Petrobras produziu em junho em seus campos nacionais e no exterior uma média diária de 2,58 milhões de barris de petróleo e gás natural, um volume praticamente estável em relação ao mês de maio. A produção de petróleo e gás natural no país em junho foi de 2,34 milhões de barris equivalentes por dia (na média), sem variação em relação ao mês de maio, enquanto a do exterior foi de 244.603 barris diários, com uma redução de 2,5% na mesma comparação.
A produção média no Brasil foi de 1,96 milhões de barris de petróleo por dia, com uma redução do 1,5%, e de 60,3 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, com um aumento de 4,9% frente ao volume de maio. Essa maior produção de gás natural no país foi essencial para permitir essa redução da demanda pelo gás boliviano. Segundo Petrobras, a produção média de petróleo no exterior em junho foi de 149.582 barris diários, com uma redução de 0,8% frente ao mês anterior.