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Brasil

Petrobras inaugura gasoduto Urucu-Manaus

Arquivo Geral

26/11/2009 0h00

A Petrobras colocou hoje em funcionamento o gasoduto Urucu-Manaus, de 661 quilômetros de extensão e construído na floresta amazônica, destinado a substituir por gás o diesel que atualmente é utilizado para fornecer energia a Manaus.


“O gás está aqui para que possamos fazer uma pequena revolução na matriz energética da região norte do Brasil, para ter uma eletricidade limpa”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de inauguração do gasoduto.


A estrutura transportará a princípio até Manaus 4,1 milhões de gás natural diários, procedentes da província petrolífera de Urucu, que tem uma reserva de cerca de 52,8 bilhões de metros cúbicos.


O gasoduto Urucu-Manaus permitirá que as sete usinas térmicas de Manaus, que atualmente utilizam diesel para produzir 725 megawatts de energia, passem a consumir gás natural, um combustível menos poluente e caro.


A substituição reduzirá em cerca de 30% as emissões de dióxido de carbono (CO2) em Manaus, o que corresponde a cerca de 1,2 milhões de toneladas de gases poluentes por ano.


O gasoduto, que custou R$ 4,5 bilhões, foi construído com novas tecnologias para reduzir ao mínimo seu impacto ambiental na maior floresta tropical do mundo, disse à Agência Efe o gerente de Implementação de Projetos da Petrobras, Marcelo Restum.


A estrutura tem capacidade para transportar 5,5 milhões de metros cúbicos de gás diários, mas a instalação de novas usinas de compressão permitirá que a Petrobras aumente a capacidade para 10 milhões de metros cúbicos por dia.


O gás começou a alimentar hoje a Refinaria Isaac Sabbá (Remam), mas a previsão da Petrobras é que, até setembro do ano que vem, todas as termoelétricas de Manaus já tenham adaptado suas usinas ao novo combustível.


Além do gasoduto principal até Manaus, o projeto conta com diferentes ramais, com uma extensão adicional de 140 quilômetros, para atender outras sete cidades como Coari, Codajás, Anori, Anama, Caapiranga, Manacapuru e Iranduba.


Segundo Restum, o cabo do gasoduto exigiu várias inovações tecnológicas, diante da necessidade de instalação de um encanamento no meio da floresta amazônica com o menor impacto ambiental possível e de superar desníveis de água que podem chegar a 14 metros, além das condições de uma região inacessível, úmida e chuvosa.


Para superar esses obstáculos, a Petrobras construiu o gasoduto principalmente no leito dos rios com as mesmas características de um submarino e comprou helicópteros especiais, com capacidade de suportar até 4,5 toneladas de carga, para transportar os canos até os locais de instalação.


 


 

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