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Brasil

Pandora recebe alta, e Justiça manda aeroporto pagar tratamento da cadela

Localizada no dia 30 de janeiro, Pandora estava desnutrida, desidratada, apresentava fraqueza ao andar e sonolência

FolhaPress

12/02/2022 10h10

Foto: Reprodução/Redes sociais

Lívia Marra
São Paulo, SP

Pandora vai retomando a rotina aos poucos. A cadela, que ficou 45 dias desaparecida depois de sumir durante uma conexão da Gol em Guarulhos, recebeu alta nesta sexta-feira (11), após 12 dias de tratamento em uma clínica veterinária na Grande São Paulo.

Localizada no dia 30 de janeiro, Pandora estava desnutrida, desidratada, apresentava fraqueza ao andar e sonolência. Um laudo exibido pelo tutor, Reinaldo Junior, mostrou que ela perdeu aproximadamente 7,2 kg e chegou à clínica pesando 12,8 kg. Também recebeu diagnóstico de erlichiose, doença transmitida por carrapatos.

Nesta sexta, após avaliação, a clínica veterinária Dr.Hato anunciou que a cadela agora pesa 15,8 kg e está livre da internação. No entanto, deixou claro que o tratamento continua e, por isso, Pandora precisará passar por retornos e novos exames.

“Paciente tem alterações nas enzimas hepáticas a serem observadas, além de manter o tratamento da doença do carrapato”, diz boletim publicado nas redes.

Na quinta (10), véspera da alta médica, o Tribunal de Justiça de São Paulo informou que a 5ª Vara Cível do Foro Regional do Jabaquara determinou que o aeroporto de Guarulhos pague as despesas de internação e tratamento veterinário.

Na mesma decisão, estabeleceu que a empresa aérea deverá arcar com a hospedagem, alimentação diária e transporte dos tutores por ao menos 15 dias, podendo ser renovada. E fixou multa diária de R$ 1.000 em caso de descumprimento, além de multa por ato atentatório à dignidade da Justiça, de até 20% do valor da causa.

Segundo a juíza Juliana Pitelli da Guia, a responsabilidade pelo desaparecimento de Pandora será apurada durante o curso do processo. No entanto, afirma, é fato que ela estava sendo transportada pela Gol quando desapareceu nas dependências do aeroporto e, por isso, os envolvidos devem custear o tratamento até a completa recuperação. Cabe recurso da decisão.

Reinaldo, que nunca pensou em desistir de encontrar Pandora, comemorou a alta com foto em rede social. “Bora, pai”, dizia legenda.

Também mostrou uma série de presentes que a cadela ganhou nesses últimos dias.

O caso Pandora voltou a chamar a atenção para a forma como animais de estimação são transportados por companhias aéreas.

Empresas permitem animais de pequeno porte na cabine, desde que em caixas apropriadas e obedecendo a algumas regras -como peso. Animais maiores também podem viajar com o tutor caso se enquadrem como de assistência ou de trabalho -e há necessidade de comprovação para a autorização. Mas, conforme a raça e porte, eles só podem viajar no porão de aeronaves, e são despachados em caixas próprias, como cargas.

Sozinhos, cães já morreram por asfixia ou devido à temperatura. Nas redes, tutores e defensores da causa animal defendem que animal não é carga.

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