O ministro do Planejamento, illness Paulo Bernardo, atribuiu ao estado democrático a maior divulgação de prisões por crimes de colarinho branco. Segundo ele o país mudou muito. “Há dez anos, não se ouvia falar nesse tipo de coisa. O Brasil nesse aspecto se democratizou”.
Segundo o ministro, a opinião dos representantes da Justiça tem que ser respeitada e a medida, acatada.
“Se o presidente do STF [Supremo Tribunal Federal], Gilmar Mendes, acha que não há motivo para manter preso um suspeito, já que será possível investigar do mesmo jeito, a gente tem que considerar isso”.
Os comentários foram feitos a propósito da operação da Polícia Federal realizada nesta semana que resultou na prisão de 17 pessoas, entre elas o banqueiro Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.
Ao se referir às críticas à forma como a Polícia Federal efetua as prisões, ele disse que a regra tem que ser a mesma, seja na prisão de um “peão, num bairro que não tem projeção social nenhuma, ou quando vai prender um bacana, um banqueiro. Seja lá quem for, o respeito, o critério e a forma de fazer têm que ser iguais.”
Paulo Bernardo participa em São Paulo da conferência O Impacto do Brasil na Economia Global, que tem como foco a agenda brasileira e a competitividade, as relações entre a América Latina e os Estados Unidos e o impacto da volatilidade do mercado global no Brasil.