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Uma falha nos freios foi o que causou o acidente com um ônibus em 3 de outubro, em Porto Alegre.
Motorista perdeu o controle do coletivo, que levava 55 adolescentes entre 15 e 17 anos.
Perícia descartou falha humana em acidente. No laudo, o IGP (Instituto-Geral de Perícias) do Rio Grande do Sul afirma que a única hipótese tecnicamente possível seria uma falha no freio de estacionamento do ônibus, cujo acionamento não pode acontecer corretamente por um “defeito na válvula pneumática que sustenta o funcionamento dele”.
Análise mostrou desgaste nas peças que compõem o sistema de frenagem. Em um trecho do laudo divulgado pela RBS TV, os peritos observam um “desgaste acentuado” em peças, o que, pela conclusão, poderia “reduzir a eficiência do sistema de frenagem em ambos os freios”.
RELEMBRE O CASO
Ônibus pegou fogo após se enroscar em alguns cabos de energia elétrica. O coletivo levava 55 estudantes com idades entre 15 e 17 anos, dois adultos responsáveis pela excursão, além do motorista.
Eles saíram da cidade de Vacaria, na região nordeste do estado, para visitar o Palácio Piratini, sede do governo gaúcho.
Durante o acidente, outros 10 veículos que estavam na rua foram atingidos. O ônibus pegou fogo e ficou totalmente destruído. As chamas e a fumaça atingiram um prédio e alguns moradores precisaram de atendimento médico.
Ex-bombeiro mirim ajudou a salvar os colegas. Túlio Pelin Gonçalves, 17, fazia parte da excursão e colocou seus conhecimentos a serviço. Com o auxílio de outro jovem, eles usaram extintores de incêndio para combater as chamas e permitiram a saída dos alunos de dentro do ônibus.
Apesar dos estragos, não houve feridos graves. Algumas pessoas tiveram ferimentos leves, receberam atendimento no local e foram liberados. Os alunos retornaram para Vacaria no mesmo dia.