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Brasil

Novo depoimento da babá de Henry avança pela madrugada desta terça-feira

Thayná chegou à 16ª DP (Barra da Tijuca), que investiga o caso, às 12h15 desta segunda (13), com o rosto coberto, e não falou com a imprensa

Redação Jornal de Brasília

13/04/2021 5h34

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A babá Thayná de Oliveira Ferreira, que trabalhava cuidando do menino Henry Borel, de 4 anos, morto em 8 de março no Rio de Janeiro após supostas agressões do médico e vereador Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho, iniciou seu segundo depoimento à Polícia Civil do Rio na segunda-feira, 12.

No primeiro, concedido em março, Thayná negou ter conhecimento das agressões de Jairinho a Henry. Na ocasião, a polícia ainda não tinha descoberto a troca de mensagens pelo Whatsapp entre a babá e a mãe de Henry, Monique Medeiros, em que Thayná relatou agressões de Jairinho ao menino.

Com base nessa conversa, a polícia concluiu que a babá mentiu no primeiro depoimento e chegou a cogitar sua prisão, por falso testemunho. Mas permitiu que ela se retratasse em novo depoimento, cujo conteúdo não foi divulgado na segunda.

Thayná chegou à 16ª DP (Barra da Tijuca), que investiga o caso, às 12h15, com o rosto coberto, e não falou com a imprensa. O delegado Henrique Damasceno, responsável pela investigação, chegou por volta de 13h15, e logo depois, a advogada da babá. O depoimento começou por volta de 15h30 e, até 1h desta terça-feira, 13, a babá e o delegado continuavam na delegacia.

Entenda o caso:

Na madrugada do dia 8 de março, Henry foi levado pelo padrasto e pela mãe, a professora Monique Medeiros, a um hospital na Barra da Tijuca, onde chegou morto. Um exame de necropsia concluiu que as causas do óbito foram hemorragia interna e laceração hepática (lesão no fígado), produzidas por uma ação contundente.

No hospital, o casal disse que estava em outro quarto quando ouviu um barulho emitido pela criança e se levantou para ver o que havia acontecido. Chegando lá, teriam visto o menino caído no chão, com os olhos revirados, as mãos e pés gelados e sem respirar.

Amiga de uma das ex-namoradas do vereador disse que presenciou diversas vezes o filho da colega, de 5 anos, chorar e tremer ao ouvir as palavras “tio Jairinho”. Ela também afirmou que o médico arranjava motivos para sair sozinho com o menino, que voltava com marcas de agressão.

Em uma ocasião, o menino teria aparecido com o rosto inchado e desfigurado e os olhos roxos. Em outra, teria voltado com a perna fraturada na altura do fêmur.

Essa ex-namorada, disse à polícia que recebeu uma ligação de Jairinho horas após a morte de Henry, mas que o vereador não mencionou a tragédia. Ela negou que seu filho tenha sido vítima de maus tratos.

O vereador carioca Dr. Jairinho (Solidariedade) padrasto do menino Henry Medeiros e a mãe, Monique Medeiros foram presos nas primeiras horas da manhã da quinta (08) pela Policia Civil do Rio de Janeiro.

O 2º Tribunal do Júri da Cidade do Rio de Janeiro expediu os mandados na quarta (07).

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