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Brasil

No Rio, botijão de gás já chega a 10% do salário mínimo

O alto preço tem obrigado famílias a usar o produto apenas em situações específicas, como em dias de chuva ou para preparos rápidos, como um café. Em outros casos, a lenha vira a melhor solução

Redação Jornal de Brasília

01/10/2021 10h11

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Após consecutivos aumentos, o botijão de gás já chega a custar 10% do salário mínimo no Rio de Janeiro. O alto preço tem obrigado famílias a usar o produto apenas em situações específicas, como em dias de chuva ou para preparos rápidos, como um café. Em outros casos, a lenha vira a melhor solução.

A dona de casa Andrea Rodrigues, de 52 anos, que mora em Nilópolis e tinha hábito de fazer “comida fresca” todos os dias, decidiu trocar o jantar por lanches feitos de pão integral, salada, atum ou queijo, a fim de economizar. “Antes, eu cozinhava duas vezes por dia. Agora, só faço comida no almoço mesmo”, conta, ao jornal Extra.

Até mesmo os revendedores já vêm sofrendo impactos, tendo que se desdobrarem para manter o negócio. Natália Rodrigues de Souza, de 30 anos, administradora do galpão Copagaz, em Bonsucesso, na Zona Norte da capital, calcula que, entre 2020 e 2021, as vendas caíram 50%. Para reduzir os custos, a distribuidora, que dava panos de pratos para os clientes a cada compra, suspendeu os brindes. Agora, o estabelecimento investe em panfletagem para alavancar o negócio.

Desde janeiro, o preço médio do botijão de gás para o consumidor subiu quase 30%, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o que equivale a cinco vezes a inflação acumulada no período.

No âmbito federal, nos últimos meses, Bolsonaro transformou o preço de combustíveis e do gás natural em ponto focal de seus discursos, culpando governadores pelo alto preço. Na quarta-feira (dia 29), ele sugeriu que caso fosse aprovada a venda direta de gás de cozinha e se os impostos fossem zerados, o preço poderia cair pela metade. O presidente ainda destacou que, no início de 2021, zerou o PIS/Cofins que incidia sobre o combustíveis.

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