A Rússia lançou hoje a nave Soyuz TMA-11, diagnosis  com uma tripulação que substituirá os atuais ocupantes da Estação Espacial Internacional (ISS), view  na qual viaja o primeiro astronauta malaio.
A 16ª tripulação da história da Estação irá executar uma missão crucial para a evolução do projeto, recipe  pois continuará a montagem da ISS por meio da adição de três novos módulos científicos, além de receber sete naves espaciais.
O lançamento aconteceu às 10h22 (de Brasília) com a ajuda de um foguete portador Soyuz a partir da base russa de Baikonur, localizada no Cazaquistão.
O foguete portador é responsável por colocar a nave principal em órbita.
“A decolagem transcorreu com normalidade”, informou um porta-voz do centro, que poucos minutos depois afirmou que a nave já tinha se separado do foguete e estava em órbita.
O vôo da “Soyuz TMA-11” terá dois dias de duração, durante os quais dará 34 voltas em torno da Terra, para depois se acoplar ao módulo russo Zaria da ISS.
A nova tripulação permanente do laboratório orbital, a ISS-16, é integrada pelo russo Yuri Malenchenko e pela americana Peggy Whitson, que permanecerão seis meses na Estação.
Junto com Malenchenko e Whitson, que já trabalharam na ISS, também viajou ao espaço o primeiro astronauta malaio, Sheikh Muszaphar Shukor.
Na “Soyuz TMA-11”, Malenchenko é comandante e Whitson, engenheira da bordo, enquanto na ISS os papéis serão invertidos, com ela se transformando na primeira mulher a assumir o comando do laboratório espacial.
O astronauta malaio permanecerá uma semana a bordo da ISS, e voltará à Terra na nave Soyuz TMA-10, atualmente acoplada à plataforma orbital, junto com os integrantes russos da tripulação anterior (ISS-15), Oleg Kotov e Fyodor Yurchikhin.
“É um pequeno passo para mim, mas um grande passo para o povo malaio”, disse Muszaphar antes de embarcar, adaptando à sua maneira as palavras ditas pelo americano Neil Armstrong quando se tornou o primeiro homem a pisar na Lua, em 1969.
Muszaphar, um médico de 35 anos, realizará no espaço experimentos elaborados por cientistas europeus e malaios, tais como o estudo dos efeitos da microgravidade e a radiação espacial em células e micróbios, assim como o possível uso de proteínas como vacina para o vírus HIV, causador da aids.
Malenchenko e Whitson formarão a ISS-16 com o astronauta da Nasa Clayton Anderson, agora membro da ISS-15 junto com Kotov e Yurchkhin.
Os três serão substituídos gradativamente por astronautas americanos e europeus que chegarão em naves dos Estados Unidos.
O chefe da agência espacial russa Roscosmos, Anatoly Perminov, qualificou a missão ISS-16 como “a mais complicada na história da Estação Espacial” pelo grande volume de trabalho que terá em órbita.
Durante seus 192 dias no espaço, a ISS-16 receberá a primeira nave de carga européia, “Julio Verne”, entre outras missões tripuladas e não tripuladas.
Ainda neste mês, a nave Discovery levará para a ISS o novo módulo americano Harmony e o astronauta da Nasa Daniel Tani, substituto de Anderson, no espaço desde junho.
Já no início de dezembro, haverá o lançamento da nave “Atlantis” com o módulo europeu Columbus e o astronauta francês Léopold Eyharts, da Agência Espacial Européia (ESA, na sigla em inglês), que por sua vez substituirá Tani.
Também em dezembro, a nave de carga russa “Progress M-62” será acoplada à ISS com reservas de combustível, oxigênio, alimentos e equipes científicas, com a similar “Progress M-63” chegando à estação em fevereiro do ano que vem.
A nave de carga européia “Julio Verne”, do projeto ATV (Automated Transfer Vehicle) da ESA, também deve chegar à ISS em fevereiro.
O equipamento que leva o nome do famoso escritor será lançado em 31 de janeiro de 2008 na cidade de Kourou, na Guiana Francesa.
Outra nave, a “Endeavour”, visitará a estação espacial em meados de fevereiro, trazendo o módulo japonês Kibo e o astronauta americano Garrett Reisman, substituto de Eyharts.
A missão espacial de Malenchenko e Whitson terminará após a chegada da nave “Soyuz TMA-12” com a tripulação ISS-17, formada pelos russos Sergei Volkov e Oleg Kononenko, que trarão também o primeiro astronauta sul-coreano.
Segundo o programa espacial americano, os integrantes da ISS-16 devem realizar três caminhadas espaciais, além dos trabalhos de montagem dos novos módulos e experimentos científicos para Nasa, Roscosmos e ESA.