FRANCISCO LIMA NETO
FOLHAPRESS
Uma mulher de 34 anos pulou de um carro em movimento após ser agredida e esfaqueada pelo ex-marido, em Osasco, na Grande São Paulo, na noite de sábado (6), segundo a polícia. Ela relatou ter sido colocada no veículo à força.
O homem fugiu e ainda não foi encontrado pela polícia.
Vítima e agressor tiveram relacionamento por cinco anos e têm uma filha de dois. Segundo boletim de ocorrência, eles estão separados há dois meses, mas o homem não admite o fim do relacionamento e passou a fazer ameaças e a perseguir a ex-mulher.
Na noite do crime, ela conversava com amigos em um escadão, após retornar de uma confraternização com colegas de trabalho, quando foi abordada por Ivan Alves dos Santos Costa, 30. Segundo a mulher relatou à polícia, ele a localizou porque clonou o celular dela, tendo acesso a redes sociais e aplicativos de transporte.
Costa chegou ao local armado com uma faca, bastante alterado e queria acesso ao celular da ex-mulher, de acordo com o registro policial. As demais pessoas se afastaram e ele a agrediu. Ela foi puxada pelos cabelos, colocada à força no carro e ameaçada de morte.
Já dentro do veículo, Costa a agrediu com diversos socos, segundo o relato. Ela teve um corte no supercílio e, ao se abaixar para estancar o sangue, foi esfaqueada nas costas pelo ex.
A mulher passou a gritar por socorro e pulou do carro quando passavam pela rua Célia Cubici Carobrez, na Vila Menck, segundo a polícia. Ela desmaiou ao cair no chão e foi socorrida por pessoas que passavam pelo local.
O agressor fugiu na sequência.
Após receber atendimento e ser levada a uma delegacia, a vítima relatou que sofreu agressões durante o relacionamento e que Costa era possessivo e tinha ciúmes excessivo. Disse também que ele é usuário de drogas e que nunca aceitou o uso de entorpecentes. Com o fim do relacionamento, a jovem afirmou que passou a sofrer ameaças, mas não havia registrado queixa.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), a ocorrência foi registrada na 9ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) como ameaça, violência doméstica e tentativa de feminicídio. A equipe faz buscas, mas Costa não foi localizado até o momento.
A vítima requereu medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha.