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Brasil

Mortalidade materna tem queda lenta no Brasil

Arquivo Geral

20/09/2011 14h30

Se o ritmo de queda da mortalidade materna no País permanecer nos níveis de hoje, o Brasil só vai atingir a meta pactuada com os outros 190 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) para 2015 após o ano de 2040. A estimativa é de um artigo publicado na revista científica The Lancet.

No ano 2000, durante reunião da Cúpula do Milênio, em Nova York, oito objetivos do milênio foram definidos: erradicar a extrema pobreza e a fome; universalizar o ensino básico; promover a igualdade entre os sexos; reduzir a mortalidade na infância; melhorar a saúde materna; combater HIV/aids, a malária e outras doenças; garantir a sustentabilidade ambiental e estabelecer uma parceria mundial para promover o desenvolvimento.

O País tem se destacado principalmente no combate à pobreza e à mortalidade infantil e, segundo pesquisadores do Institute for Health Metrics and Evaluation, da Universidade de Washington, está entre os 31 países que devem atingir a meta de redução da mortalidade infantil até 2015. Mas apenas nove nações alcançarão esse resultado: China, Egito, Irã, Líbia, Maldivas, Mongólia, Peru, Síria e Tunísia.

Segundo o artigo, entre 1990 e 2000 a mortalidade de menores de 5 anos caiu 5,2% ao ano. “Mas entre 2000 e 2011 a taxa anual foi de apenas 0,3%, muito inferior que a média de 3,6% que verificamos no resto do mundo”, afirma Haidong Wang, coautor do estudo. Uma das causas apontadas para a queda é o elevado índice de cesarianas – algo em torno de 47%.

Na saúde suplementar, o índice de cesárias chega a 90% e, no Sistema Único de Saúde, a 37%. O recomendado pela ONU é de, no máximo, 15%. O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde Helvécio Magalhães contesta o artigo. “Nossa expectativa é que, com a Rede Cegonha, a taxa de queda se acentue”, afirma. A cesariana está mais associada a complicações. As informações são do Jornal da Tarde.

AE

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