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Brasil

Morre bebê de 1 ano e 3 meses espancado no interior de São Paulo

A morte da criança ocorreu às 17h50 desta quinta-feira, segundo o Hospital Universitário de Jundiaí, onde ela estava internada desde sexta.

Redação Jornal de Brasília

25/09/2025 20h40

bebe

Foto: Arquivo/Agência Brasil

FÁBIO PESCARINI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Morreu no fim da tarde desta quinta-feira (25) a bebê de 1 ano e 3 meses que foi internada na semana passada após ter sido espancada supostamente pela mãe. O caso aconteceu em Jundiaí (a cerca de 60 km de São Paulo).


A mãe da menina, de 23 anos, foi presa em flagrante na última sexta-feira (19). A reportagem não encontrou a defesa da mulher.


A morte da criança ocorreu às 17h50 desta quinta-feira, segundo o Hospital Universitário de Jundiaí, onde ela estava internada desde sexta.


Na quarta (24), o hospital público disse que havia iniciado protocolo para investigação de morte encefálica, que não chegou a ser concluído após a morte natural da criança. Ela se encontrava em estado extremamente grave, respirando com o auxílio de aparelhos.


A menina, segundo boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, chegou a sofrer quatro paradas cardíacas em uma UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) de Jundiaí, para onde foi levada pela própria mãe.


Por causa da gravidade do caso, a bebê acabou transferida por uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ao Hospital Universitário. Ela estava intubada e em coma, com múltiplas lesões pelo corpo, clavícula fraturada, além de queimaduras na cabeça e no pescoço.


Conforme o boletim de ocorrência, foi na UPA que ela sofreu as quatro paradas cardíacas.


A médica que atendeu a criança afirmou que a menina já era acompanhada desde fevereiro, quando deu entrada no hospital com lesões nos braços e mordidas, além quadro de desnutrição, ficando internada por cerca de oito dias.


Também segundo relatou a médica à polícia, ela começou a suspeitar da mãe, que levou a bebê mais duas vezes ao hospital, “sempre uma lesão nova em algum outro lugar do corpo”.


O caso foi encaminhado ao Conselho Tutelar da cidade, que disse ter assistido a família até a mãe se mudar de endereço e não comunicar aos conselheiros, disse a polícia.


“Diante dos fatos, foi dada voz de prisão à mãe da criança [pela Polícia Militar, que atendeu a ocorrência de suspeita de maus-tratos] e trazida ao plantão policial, sendo necessário o uso de algemas pela estado agressivo que a autora se encontrava”, disse trecho do boletim de ocorrência.


A prisão foi mantida em seguida na delegacia e pela Justiça, após audiência de custódia.


Ainda conforme o BO, a mulher disse que não tinha advogado e nem a quem avisar sobre sua prisão.


O caso teve repercussão em Jundiaí. O prefeito da cidade, Gustavo Martinelli (União), usou as redes sociais para repudiar a violência. Segundo ele, a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social acolheu a irmã da bebê, de 4 anos.


“Repudiamos a violência contra crianças e adolescentes. Que as investigações sejam apuradas e que a justiça seja feita”, escreveu.


A Câmara Municipal de Jundiaí aprovou na última terça-feira (23) um requerimento para instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para acompanhar o caso e a possível omissão do Conselho Tutelar.

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