Na manhã desta terça-feira (21), o Ministério da Justiça e Segurança Pública realizou uma coletiva para falar sobre a quarta edição da Operação 404, com foco no combate à pirataria digital. Diferente das outras edições, em que o foco era em streamings de filmes e séries, esta operação focou em músicas.
A polícia está cumprindo mandados de busca e apreensão, bloqueio e¹ou suspensão de sites e aplicativos de streaming ilegal de conteúdo, desendexação de conteúdo em mecanismos de busca e remoção de perfis e páginas em redes sociais. A operação está sendo acompanhada do Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), no Setor Policial Sul, em Brasília.
Segundo Alesandro Barreto, coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas da Seopi, essa é a primeira ação já realizada na América Latina. “Enquanto o crime ocorre, a gente já tenta identificar as pessoas e responsabilidar”, afirmou.
Os dados levantados na operação mostram que existem aproximadamente 33 milhões de usuários piratas, que utilizam dessa ilegalidade para economizar. Entretanto, 65% dos 461 aplicativos de música removidos, ou seja, quase 300, obtinham dados pessoais dos usuários na hora do cadastro.
O foco da operação é em quem produz o conteúdo pirata, e não em quem consome, apesar de também ser errado. Os criminosos ganham dinheiro com a publicidade estampada nesses serviços ilegais, por isso, um dos focos da operação é conseguir que propagandas sejam proibidas em sites piratas.
Para completar, os responsáveis pela operação afirmaram que foram realizados 30 mandatos de busca e apreensão e quatro prisões temporárias já estão sendo cumpridas na Bahia. Outras prisões também já foram decretadas em Minas Gerais, Goiás e São Paulo.