FRANCISCO LIMA NETO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
Um veículo McLaren 720S Coupe, ano 2018, utilizado por Giliard dos Santos, filho de Deolane Bezerra, foi apreendido pela operação Integration, realizada pela Polícia Civil de Pernambuco em diversos estados. Deolane e sua mãe, Solange Alves, foram presas na ação.
O veículo avaliado em R$ 3 milhões estava no 30º DP (Tatuapé) desde o dia 30 de agosto, quando Santos foi abordado na rua Serra de Bragança, no Tatuapé, zona leste da capital paulista.
Segundo a Polícia Civil de São Paulo, Santos foi abordado porque o veículo estava sem placas. Além disso, o filho de Deolane não tem CNH, segundo a polícia.
O carro também apresentava cor diferente daquela que consta no documento. O McLaren tinha cor roxa, mas no documento constava que a cor original era vermelha. Por essa razão, o veículo foi apreendido para perícia. Santos foi liberado.
Agentes da Polícia Civil estiveram na delegacia na manhã desta quarta-feira (4) e apreenderam o veículo na operação em que Deolane é um dos alvos.
A advogada e influenciadora foi presa no Recife, em operação contra uma organização criminosa que atua em jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
A casa da família em São Paulo também foi alvo de busca da polícia, que apreendeu itens como relógios e dinheiro, disse Dayanne Bezerra, irmã de Deolane.
O advogado Rogério Nunes, responsável pela defesa de Deolane, afirmou que ainda não teve acesso aos autos e não sabe o teor da acusação contra ela, já que o processo corre em segredo de Justiça. Ele disse que está a caminho do Recife para se inteirar sobre a situação.
Nas redes sociais, Deolane publicou uma carta em que diz ser vítima de perseguição e injustiça.
“Estou passando aqui para tranquilizá-los e afirmar mais uma vez que estou sofrendo uma grande injustiça. É notório o preconceito e a perseguição contra minha pessoa e minha família, mas isso tudo servirá para provar mais uma vez para todos vocês que não pratico e nunca pratiquei ‘crimes'”, diz influenciadora.
A investigação, segundo a Polícia Civil, foi iniciada em abril de 2023, para identificar e desarticular organização criminosa voltada à prática de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
Conforme o inquérito, a quadrilha usava várias empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio, seguros e outras para lavagem de dinheiro feita por meio de depósitos e transações bancárias.
A polícia conseguiu o bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões, retenção de passaporte, suspensão de porte de arma de fogo e cancelamento do registro de arma de fogo.
Além da capital pernambucana, há mandados cumpridos em Campina Grande, Barueri (SP), Cascavel e Curitiba e Goiânia.