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Brasil

Max Mosley reclama do excesso de gastos na Fórmula 1

Arquivo Geral

24/09/2007 0h00

O presidente da FIA, Max Mosley, demonstrou sua irritação com os diretores das equipes da Fórmula 1 por causa de tantos gastos com tecnologia que, segundo ele, nada acrescentam ao espetáculo do esporte. Mosley pediu em carta que os responsáveis pelas escuderias da categoria reduzissem os custos, que afugentam possíveis interessados em ingressar na competição.

Na carta, Mosley fala também sobre o acordo dos times com a empresa Concorde, que transporta os equipamentos da Fórmula 1. Segundo o dirigente, é inútil as equipes quererem mais dinheiro se for para investir em mais melhorias tecnológicas, as quais chamou de “diversão privada dos engenheiros das escuderias”.

Mosley ainda afirma que, não fosse os gastos excessivos com tecnologia, a Fórmula 1 seria um meio muito rentável no mundo esportivo, reclamando que muitas equipes independentes têm perdido dinheiro na categoria. “Cada departamento deveria ser uma franquia valiosa. Ao invés disso, estamos virando subsidiárias de montadoras de carros ou então acordos de bilionários”, dizia a carta.

A carta do presidente da FIA vem justamente após a reunião entre a cúpula da entidade e os diretores dos times, onde foi discutida a introdução de dois dispositivos comuns a todos os times: o Sistema de Recuperação de Energia Cinética (KERS, em Inglês) e o ECU, que seria desenvolvido pela McLaren e tanto tem causado controvérsia entre as equipes.

Para Mosley, o KERS deveria ser o único recurso em que fosse permitido o investimento em tecnologia em cada equipe, sendo proibido o mesmo em todos os outros componentes. “A disputa técnica já ficou enormemente cara. No entanto, a maioria destes elementos não são conhecidos do grande público. E exatamente por não serem conhecidos, e até secretos, estes elementos não adicionam em nada para o público”, está escrito em outro trecho da carta.

Ao finalizar o documento, Max Mosley defendeu a padronização dos carros da Fórmula 1. “Todos os itens que não são conhecidos, os invisíveis aos olhos do público, deveriam ser padronizados e manufaturados ao mínimo custo. A competição técnica deveria se restringir apenas aos itens visíveis, entendíveis e potencialmente úteis, como o KERS”.

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