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Brasil

Manicure diz que cabeça de sobrinho estava pendurada em árvore após operação no Rio

Parentes de vítimas se reúnem no centro do Rio para reconhecimento dos corpos; Defensoria Pública e Ministério Público acompanham casos e realizam perícia independente

Redação Jornal de Brasília

29/10/2025 14h14

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

YURI EIRAS
FOLHAPRESS

A manicure Beatriz Nolasco, moradora do complexo do Alemão, afirma que o corpo do sobrinho Yago Ravel Rodrigues, 19, foi encontrado sem a cabeça durante buscas pela mata após a megaoperação desta terça-feira (28).

Segundo a contagem oficial, 119 pessoas morreram na ação.

Beatriz, que foi até a área de matar encontrar o sobrinho, diz que a morte de Yago é responsabilidade dos policiais. A PM foi procurada, mas ainda não respondeu.

Segundo ela, o sobrinho trabalhava como mototaxista na região e não teria antecedentes criminais.
Beatriz mostrou à reportagem um vídeo do momento em que a cabeça de Yago é recolhida.

“A cabeça estava pendurada em uma árvore. Foi um morador que pegou a cabeça dele e colocou no saco. Fazer operação é ok, mas o que aconteceu foi uma chacina.”

A manicure estava nesta quarta-feira (29) na porta do Detran, no centro do Rio, onde é realizado cadastro de familiares antes do reconhecimento dos corpos.

Há mais de cem pessoas no local, a maioria mulheres -companheiras, mães e irmãs.

Entidades de direitos humanos e órgãos como a Defensoria Pública estão no local para fazer acompanhamento jurídico dos casos.

O Ministério Público enviou técnicos para uma perícia independente nos corpos. A perícia oficial é feita pela Polícia Civil. No IML a expectativa é de que nem todos os corpos sejam reconhecidos hoje.

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