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Brasil

Greve de servidores força UFRGS a adiar matrículas

Arquivo Geral

31/07/2012 19h14

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) vai alterar o calendário acadêmico do segundo semestre para adaptá-lo à disponibilidade de professores e funcionários, que estão em greve e ainda não têm data para voltar ao trabalho. O primeiro passo, anunciado pela instituição nesta terça-feira, é o adiamento da pré-matrícula, que estava prevista para o dia 26 e não foi feita porque 20% das notas do primeiro semestre ainda não estão inseridas no sistema informatizado de registros.

Como a nova data da pré-matrícula não está definida, o início das aulas também, que estava previsto para o próximo dia 6, também será retardado. A universidade admitiu em nota que é provável que as férias de verão só comecem em janeiro de 2013 e que o calendário de formaturas do final do ano também seja afetado. O Centro de Processamento de Dados da UFRGS está tomado por funcionários em greve desde a tarde de segunda-feira e suspendeu seus trabalhos.

Como parte da pressão sobre o governo federal por reajustes, centenas de funcionários federais, entre os quais professores e servidores da UFRGS, bloquearam a passagem de veículos pela ponte da BR-290, sobre o Guaíba, na manhã desta terça-feira. Veículos que se dirigiam a Porto Alegre ficaram parados por quase uma hora e formaram um congestionamento de cerca de sete quilômetros. Alguns passageiros de ônibus desceram e completaram a travessia a pé na tentativa de chegar a tempo ao trabalho.

Depois do protesto na ponte, os servidores públicos seguiram em passeata pelas avenidas Castelo Branco e Mauá até o centro da cidade, em um percurso próximo de quatro quilômetros. Como ocuparam somente uma faixa, deixaram as vias parcialmente livres para o trânsito, que, mesmo assim, ficou congestionado. No ato final,no Largo Glênio Peres, os manifestantes pediram melhores condições de trabalho, concursos para contratação de mais servidores e reajuste salarial. Também demonstraram insatisfação pelo adiamento, para o dia 13 de agosto, de uma reunião de negociação com o governo federal gritando “servidor na rua, Dilma a culpa é tua”.

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